Problemas estomacais de Bolsonaro: entenda as sequelas da facada após 7 anos
Bolsonaro cancelou compromisso e afirmou que vomita 10 vezes por dia

Publicado em 20/06/2025 às 20:12
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a passar mal nesta sexta-feira (20) durante um evento em Goiânia, Goiás, e precisou cancelar compromissos oficiais previstos para o dia. O mal-estar estomacal, que já vinha sendo relatado por ele há meses, se manifestou com vômitos frequentes e desconforto abdominal, sintomas que têm marcado sua rotina desde o atentado sofrido em 2018.
Na manhã desta sexta, Bolsonaro participou de um evento no Frigorífico Goiás, onde recebeu um churrasco de apoiadores, mas permaneceu apenas cerca de 20 minutos no local devido à indisposição. Logo após, cancelou sua participação em uma cerimônia em Anápolis, onde receberia a Medalha de Honra ao Mérito, e retornou para Brasília.
O prefeito da cidade, Márcio Corrêa (PL), confirmou a informação nas redes sociais, afirmando que o ex-presidente estava passando mal, mas sem dar detalhes sobre seu estado de saúde.
Na véspera, durante uma homenagem na Câmara de Aparecida de Goiânia, Bolsonaro interrompeu seu discurso após um arroto e declarou: “Desculpe aqui porque eu estou muito mal. Eu vomito 10 vezes por dia, talvez. Talvez desce a primeira daqui há pouco aí”.
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Histórico médico de Bolsonaro: facada, cirurgias e complicações
O quadro clínico do ex-presidente é consequência direta da facada que sofreu em setembro de 2018, durante a campanha presidencial em Juiz de Fora (MG). A perfuração intestinal causada pelo atentado exigiu múltiplas cirurgias de emergência e, desde então, o ex-presidente enfrenta complicações intestinais crônicas.
Em abril de 2025, Bolsonaro passou por sua sexta cirurgia abdominal relacionada às sequelas da facada. O procedimento, realizado em Brasília e que durou cerca de 12 horas, teve como objetivo desobstruir o intestino e reconstruir a parede abdominal. Ele permaneceu internado por 21 dias, incluindo parte do tempo na UTI.
Segundo boletins médicos oficiais divulgados na ocasião, o político apresentava gastroparesia — um retardo no esvaziamento do estômago — e suboclusão intestinal causada por aderências formadas após as múltiplas intervenções cirúrgicas. O ex-presidente estava impossibilitado de se alimentar por via oral ou por sonda gástrica, recebendo nutrição exclusivamente por via endovenosa.
Explicações médicas e opiniões de especialistas
Médicos que acompanham Bolsonaro explicam que as complicações persistentes são esperadas em pacientes que passam por múltiplas cirurgias abdominais após traumas severos.
O cirurgião Claudio Birolini, que participou da última cirurgia, afirmou em coletiva, pouco depois da cirurgia, em abril deste ano. “Da forma como ele chegou, bastante desidratado, com muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos quadros anteriores que ele apresentou”.
O gastroenterologista Alexandre Carlos comentou sobre a complexidade do caso. “Por conta da complexidade do caso, a laparotomia exploradora permite que o cirurgião acesse a cavidade com maior facilidade e o tempo de cirurgia seja menor”.
Especialistas em gastroenterologia explicam que as aderências — cicatrizes internas que se formam após cirurgias — podem causar obstruções intestinais parciais ou totais, provocando sintomas como dor, náuseas e vômitos frequentes. O tratamento costuma ser inicialmente conservador, com jejum e uso de sondas, mas pode demandar novas cirurgias, as quais aumentam o risco de novas aderências e complicações.
Além disso, a gastroparesia dificulta o esvaziamento do estômago, agravando a intolerância alimentar e aumentando o desconforto gástrico, o que explica os episódios frequentes de vômito relatados por Bolsonaro.
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