Gabriel Stauffer, de Pantanal, revela que abandonou a igreja após o pai se assumir gay
O ator contou que passou a discordar da doutrina, que condenava alguém que ama ao inferno
Publicado em 09/05/2025 às 16:08
Longe das novelas desde Pantanal (2002), Gabriel Stauffer surpreendeu ao revelar que se afastou da Igreja Presbiteriana de Curitiba (PR), sua cidade natal, onde passou a infância e a adolescência, depois que o pai revelou ser homossexual.
"Fiquei muito confuso. Como um Deus - pai de todos - poderia preparar um inferno para o meu pai? Como que eu vou acreditar num Deus que preparou um lugar para o meu pai e mais um monte de gente ser chicoteada pela eternidade?", questionou o ator em entrevista ao podcast Retrato Gravado.
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"Comecei a me indagar sobre essas coisas e parei de acreditar nisso. Prefiro amar incondicionalmente meu pai do jeito que ele é, assim como amo a minha mãe, minha irmã, meus sobrinhos...", completou Gabriel Stauffer, que está com 36 anos.
O artista confidenciou que os pais, Junia Stauffer e Sérgio Wesley, continuam se dando bem, mesmo após a separação e o novo relacionamento do patriarca - Sérgio, que é jornalista, se assumiu para os filhos em 2017, após ser submetido a uma cirurgia extremamente delicada.
"Foi muito impactante pra mim e importante também. Hoje fico feliz e grato pelo meu pai ter contado isso pra gente, ter conseguido falar. Para um homem, numa sociedade que a gente vive, que ainda é machista e tem muito preconceito, um homem mais velho conseguir falar isso pra mulher, para os filhos, pra sociedade, acho que muito especial e necessário", analisou Gabriel.
Gabriel Stauffer fala sobre aceitação
No papo, Gabriel Stauffer fez uma reflexão sobre a necessidade de se aceitar. "Às vezes, a gente se afasta do que a gente é, dos nossos desejos, por inúmeros motivos, e acabamos nos afastamos de quem somos", comentou.
O ator também abordou a sua criação, afinal foram 20 anos dentro da igreja. "Acho que espiritualidade é diferente de religião e é uma busca individual. Eu continuo orando, pedindo, vibrando, me relacionando com um deus, porque preciso disso. Deve ser o sol na casa 12", afirmou, recorrendo à astrologia.
"Mas um Deus que é diferente daquele que aprendi dentro da igreja. Se transformar exige coragem, enfrentar seus medos. É doloroso e delicioso. E é uma busca que vai durar enquanto eu existir", concluiu Stauffer.
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