Marcos Pasquim fala sobre fama de galã descamisado: "Me rotulou"
Ator, que estreou na Globo há 30 anos, está de volta às novelas do plim plim em Dona de Mim
Publicado em 29/04/2025 às 16:29,
atualizado em 29/04/2025 às 16:46
De volta aos folhetins em Dona de Mim, Marcos Pasquim está comemorando 30 anos de sua estreia na Globo - em 1995, ele integrou o elenco de Cara & Coroa com o personagem Cosme Del Rey Villar.
Em um novo momento na carreira, o galã deixou para trás os protagonistas descamisados e tem focado em tipos mais densos, como o vilã Ricardo da nova trama das sete do canal. "Quem me convidou foi o Allan Fiterman, diretor da novela, e eu não sabia que seria um vilão quando ele me informou. É muito bacana, gosto de fazer vilões. O vilão te dá um leque maior para poder atuar. O mocinho normalmente é um só, são poucas as possibilidades para ele", disse Marcos Pasquim em entrevista à revista Quem.
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"Esse vilão que estamos montando é um cara mais sério, mas como eu gosto de fazer humor, consegui colocar umas pitadinhas", adiantou o ator, que carrega no currículo uma série de trabalhos no horário: Uga Uga (2000), Kubanacan (2003), A Lua Me Disse (2005), Bang Bang (2006), Pé na Jaca (2006), Caras & Bocas (2009), Morde & Assopra (2011), Cheias de Charme (2012) e O Tempo Não Para (2018).
O famoso abordou os rótulos que ganhou ao longo de sua trajetória. "Sim, o povo me rotulou. Mas, os descamisados é um time, na realidade, eles sempre existiram. Sempre tiraram as camisas dos galãs. [Antonio] Fagundes tirou a camisa, Zé Mayer tirou a camisa. O Carlos Lombardi tirou a camisa do Mário Gomes, depois veio o Humberto [Martins], depois veio eu e depois de mim já vieram outros, como, agora, o Cauã Reymond. Os galãs sempre vão tirar a camisa. É que eu fui protagonista em algumas novelas do Carlos Lombardi, em três ou quatro, e isso acabou me marcando", analisou.
"Uma das marcas dele era o clima solar, muito quente. Então, ele sempre fez com que, não só os galãs, mas todos os personagens, ficassem com pouca roupa. Nunca partiu de mim dizer: 'Hoje não estou a fim de colocar camisa, vou fazer essa cena sem camisa'. Sempre estava escrito no roteiro", explicou Pasquim.
"Eu não podia virar e falar: 'Não, eu não vou gravar essa cena porque, no meu entender, ele não pode estar sem camisa'. A partir do momento que o texto foi aceito, estava no capítulo e não foi alterado... Era uma decisão de muitas pessoas, não só do diretor, mas também do autor, dos colaboradores. Até chegar em mim, como ator, e fazer o meu trabalho. Meu trabalho era esse: interpretar o que estava escrito. Agora, me incomodar? Poxa vida, acho que eu não deveria", disse.
Marcos Pasquim fala sobre masculinidade e fama
No papo, Marcos Pasquim confidenciou que se apoia na maturidade para definir sua visão sobre a masculinidade.
"O homem inteligente hoje é aquele que sabe lidar melhor com a delicadeza, com a suavidade, com as mulheres e com as situações. O homem atual precisa prestar mais atenção nas sutilezas. A masculinidade está caminhando para isso. Eu acho que essa coisa de ser 'macho man' não está mais com nada, já faz um bom tempo que isso caiu. Agora ser homem é ser sensível, ser mais inteligente, ser mais sensível, ser mais atento", declarou.
Por fim, Marcos falou sobre a ideia de fama. "A primeira coisa que a fama te tira é a liberdade, né? Eu não podia mais sair, fazer nada - não que eu fosse fazer algo certo ou errado, não importa - qualquer coisa que eu fizesse, aparecia um paparazzo. E para mim, paparazzo é uma profissão de abutres. Eu chamo de abutres porque eles não estão nem aí para a vida da pessoa que estão fotografando", concluiu.
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