TDB de Malhação lança filme com Larissa Manoela na Netflix e comenta fim da novela: "Necessário"

Lembra dele? O TDB (Tudo De Bom) de Malhação 2004, Alex Gomes, estreou um filme com Larissa Manoela na Netflix no último domingo (26) e vem bombando na plataforma. Após 18 anos do fim de sua temporada de Malhação na Globo, o ator afirma que não teve a melhor das sensações quando soube de seu cancelamento, mas procura ver o copo meio cheio. "É triste, eu não entendo muito de mercado, mas acredito que fosse necessário trocar", diz em entrevista ao NaTelinha.

Alex compara a situação a Escolinha do Professor Raimundo (1990-1995) que saiu do ar para entrar Malhação. "Tenho esperanças que Malhação abra espaço para um novo produtor lançar artistas. Que se abra oportunidades. O ser humano se adapta muito bem ao seu momento. Realmente é um buraco [na programação e para atores iniciantes], acho que as pessoas que sonhavam em começar por Malhação é porque era uma escola", defende.

Grande parte do que carrega até hoje, o profissional diz que aprendeu em Malhação, seja com diretores e atores mais velhos que se tornaram amigos. "Aprendi muita coisa de som, posicionamento de câmera, de me defender pra câmera como a gente fala na TV. Uma coisa que levo pra vida é que se você tá vendo a câmera, a câmera tá te vendo", entrega ele, que mantém amizades com grande parte do elenco até hoje como Serginho Hondjakoff, Lidi Lisboa, Thaís Vaz e Paulo Nigro, que considera um irmão. "O elenco era muito unido", orgulha-se.

Depois de Malhação, Alex viajou o Brasil com algumas peças e interpretou Claudinho, da dupla com Buchecha, em um especial do Por Toda a Minha Vida, o que lhe rendeu uma ligação do próprio Buchecha, emocionado. Fã dos músicos, buscou fazer uma cópia fiel, incluindo a língua presa. Ele chegou a usar uma prótese desenvolvida pela Globo para que ele fosse o mais parecido possível com o cantor. "Ele me ligou aos prantos e me agradeceu por ter tocado o coração dele. Me emociona até hoje", admite.

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"Te acolhe no set", diz ator sobre Larissa Manoela

No filme recém-lançado pela Netflix, Lulli, Alex Gomes faz parte de um casal multiétnico, formado por um homem negro e uma mulher chinesa. Apesar da representatividade ter aumentado no geral nos últimos 20 anos, ele acredita que ainda há muito a evoluir. "O filme Lulli tem quatro personagens negros. Se fosse antes, talvez não tivessem tantos", confessa.

Para o ator, é importante que negros da periferia e do interior do país se sintam representados em personagens como estudantes de Medicina ou em outras posições como médico, dentista e advogado. Mas, o cenário ideal é justamente quando não precisarem de um ator negro como característica para qualquer papel. "É muito complicado. Quando a população preta se sentir representada e conseguir viver numa sociedade mais igualitária, aí isso pra mim será o cenário ideal. Quando a gente conseguir abolir preconceito, racismo. Tem tanto ator bom por aí fazendo personagens não menores, não tem nada a ver com profissão, mas fazendo vendedor ambulante, ladrão, garçom, mordomo. Quando a gente não tiver sendo representado por funções subalternas mais, quando a gente estiver num patamar ideal, isso é o cenário ideal."

Larissa Manoela protagoniza o filme que ele atua. Na produção, a atriz interpreta uma estudante de Medicina, que ganha a habilidade de ler os pensamentos de todos ao seu redor depois de sofrer um acidente de trabalho. "Sou fã da Larissa, acabei vendo alguns trabalhos dela e me tornei fã da pessoa que ela é. Me parece que ela é meio que uma Angélica da década de 90, que fazia filme com Os Trapalhões e você se encanta com a pessoa que tá ali", compara.

Sobre o filme, adianta o que o público pode esperar. "Pode esperar um filme leve, engraçado, divertido, um tipo de comédia que há muito tempo não tem", promete.

Confira o trailer do filme Lulli: