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Letícia Sabatella revela assédio aos 12 anos: "um nojo daquilo"

Atriz fez depoimento sobre primeiro abuso


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Foto: Divulgação
Letícia Sabatella usou seu perfil do Facebook para aderir à campanha virtual #meuprimeiroassedio, criada pelo coletivo feminista Think Olga para incentivar mulheres a denunciar abusos e outros tipos de violência que sofreram.
 
A atriz revelou que tinha 12 anos quando foi vítima de um assédio de um homem que passava de carro numa rua deserta. Ela voltava do balé, quando foi abordada.
 
"Eu devia ter 12 anos. Voltava de ônibus da aula de Ballet, no Teatro Guaíra. Descia na rua da minha casa, umas duas grandes quadras antes, acostumada a esse caminho. A rua deserta e larga, de calçadas largas, casas com jardins e portões distantes da rua, eu pela calçada, passarinhos e silêncio", escreveu na rede social.
 
A campanha teve início após uma participante do "MasterChef Júnior" sofrer com declarações pedófilas nas redes sociais depois da estreia do programa. 
 
Confira o relato completo de Letícia Sabatella:
 
"Eu devia ter 12 anos. Voltava de ônibus da aula de Ballet, no Teatro Guaíra. Descia na rua da minha casa, umas duas grandes quadras antes, acostumada a esse caminho. A rua deserta e larga , de calçadas largas, casas com jardins e portões distantes da rua, eu pela calçada, passarinhos e silêncio.
 
Um carro, um corcel vermelho, vinha pela rua ampla, reta e longa, parou à minha altura, eu na larga calçada mais próxima aos jardins das casas do que da rua, perguntou-me: 'Qual o nome dessa rua?'.
 
- Raphael Papa.
 
-'Hein? Não consigo ouvir'.
 
Eu falei mais alto e, de algum modo ele fez com que eu me aproximasse do carro para que ele conseguisse 'ouvir e entender' direito.
 
Foi então que percebi seus olhos verdes avermelhados e estatelados, um pau gigantesco em suas mãos, o olhar doente e pessimamente intencionado!
 
A rua deserta, ainda uma longa distância até minha casa.
 
Olhando fixamente em seus olhos, dei passos precisos, sem pressa, pra trás, peguei, sem tirar os olhos dos dele, um tijolo de um montinho de construção, atrás de mim e fiquei parada, pronta para o que viesse.
 
Ele ainda exitou, antes de partir lentamente , seus olhos em mim, eu o vi descer a rua ao longe , virar o carro e ainda voltar na minha direção, passando novamente pelo ponto onde eu o ameaçava com meu olhar fixo em seus movimentos, o tijolo na mão. 
 
Quando o vi desaparecer da minha vista, corri até minha casa, coração a mil, um nojo daquilo, a minha forma de medo.
 
A gratidão pelo tijolo da construção".
 
 
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