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"Pânico" na Record, no SBT e a boataria rola solta

Click TV


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Divulgação

Começa a temporada de especulações na imprensa acerca dos programas da televisão brasileira. Não que em algum momento esses boatos parem, mas, especialmente nos primeiros meses do ano, deixam o caráter de majoritariamente boatos para efetivamente traduzir negociações, ainda que nem tão interessantes.

Nesse turbilhão de especulações, uma turma sempre se sobressai, deixando o canal em que estão a cada 2 ou 3 meses para ir para qualquer outro: o “Pânico”.

Desde que surgiu na TV, o programa é alvo dos mais diversos boatos e, por incontáveis oportunidades, foi colocado no SBT, em horários que variam da tradicional noite de domingo até a pouco usual noite de sábado.

Suas reprises na emissora rodaram a semana, entrando no lugar de inúmeras atrações ameaçadas ou pelo baixo retorno financeiro ou pelos pífios números no Ibope.

Houve até aquela fatídica negociação em que o colunista José Armando Vanucci, da Rádio Jovem Pan, cravou a trupe na emissora de Silvio Santos, que àquela altura se encontrava nas dependências para fechar o contrato. Não fechou e o "Pânico" bombou na audiência por mais alguns anos na RedeTV!

No auge, o programa chegou a bater a Globo, alcançando picos de 17 pontos e suas médias variavam entre 9 e 11 pontos semanalmente.

Mas a RedeTV! passou pela maior crise de sua história em 2012 e Emílio e sua trupe saltaram rápido para respirar novos ares. O destino, claro, foi o SB... não??? Como é? Band??

Pois é... Em 2012, o “Pânico” deixou a RedeTV! rumo ao eterno Canal do Esporte. A Bandeirantes, que havia conquistado um bom espaço na linha do humor com a consolidação do “CQC”, apostou nos altos índices (já não tão altos, é bem verdade, mas ainda expressivos) da atração comandada por Emílio Surita.

Já imerso em uma pequena crise de ideias e carecendo de um pouco mais de sal, o “Pânico” estreou bem na Band, deu 11 pontos com picos de 14, mas a lua-de-mel durou pouco. Paulatinamente a atração foi perdendo público e começou 2013 com uma audiência bem abaixo.

Foram 6 pontos que se repetiram em 2014 e novamente sofreram uma queda na atual temporada, quando atingiu apenas 4,9 pontos.

Não bastassem as baixas de cast, qualidade e audiência, boatos dão conta de que o programa também estaria sofrendo com os vencimentos, algo que, há pouco mais de três anos, tirou a trupe da RedeTV!

Saídos pelas portas dos fundos da emissora de Amílcare Dallevo e Marcelo de Carvalho, novamente o “Pânico” se envolve em polêmica com a rede que o abriga e, como de costume quando algo não vai bem, surge o SBT novamente na parada.

Mas dessa vez, o canal da Anhanguera não aparece sozinho. Há quem diga que a Record também deseja o grupo e trabalha para levá-los para a Barra Funda.

Recentemente, foi especulado que o “Pânico” iria para o SBT ocupar a faixa das 22h dos domingos, mesmo horário especulado outrora e que nunca se confirmou.

Se há especulações em torno da mudança de casa do programa, também há especulações sobre insatisfação e preocupação da casa com a audiência do humorístico, que chega a perder para o “Encrenca”, da RedeTV!.

A verdade é que o “Pânico” passa, não de hoje, por uma crise muito grande de identidade. Claramente, o público da Band não é o mesmo do humorístico e a criatividade da equipe para sair de situações adversas parece ter se limitado. Mesmo as “modas instantâneas” que o programa criava em suas exibições rarearam depois da mudança de canal.

Paralelo a isso, a atração perdeu nomes de peso como Sabrina Sato (hoje na Record) e Wellington Muniz, o Ceará (hoje no Multishow) e as reposições não causaram o mesmo impacto.

Um “Pânico” em pânico é, hoje, o maior desafio daqueles que se notabilizaram por brincadeiras em situações extremas e uma mescla de piadas inteligentes com outras tantas de gosto duvidoso. Talvez a mudança de ares não seja assim tão absurda. O público do programa tem a cara do SBT e pode render bons frutos.

Na Record? Bem, só se Tutinha quiser voltar a fazer o “Pânico” só no Rádio.


Apaixonado por televisão, Helder Vendramini pesquisa e estuda esse meio há vários anos e é formado no curso de Rádio e TV. Aqui no site, busca fazer análises aprofundadas dos mais variados temas que envolvem a nossa telinha.

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