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Detalhes se fazem marcantes em musical pelos 50 anos da Globo

Território da TV


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Fotos: Divulgação/ TV Globo
O show que marcou os 50 anos da Globo teve ares de superprodução. Realizado no Maracanãzinho, que será palco do vôlei na Olimpíada do Rio, ele mostrou a força da emissora, que ostentou sua moral sem apelar para um tom mais piegas. 
 
Tratado como espetáculo, não soou tanto assim ao telespectador somente pela irritante narração proporcionada por Fátima Bernardes e Pedro Bial. O conteúdo dito pelos apresentadores durante as apresentações era uma transcrição do visto na tela com uma ou outra curiosidade engraçadinha. 
 
 
As falas até mesmo durante musicais poderiam muito bem ter sido evitadas e as mesmas informações faladas serem exibidas em caracteres na tela. Todos seriam igualmente informados, mas sem o prejuízo no impacto proporcionado pelas imagens. 
 
Imagens, aliás, muito bem utilizadas no palco. As grandiosas projeções foram essenciais para se contar o que não foi transformado em show, como as trajetórias pelo canal de Xuxa e Silvio Santos e momentos do jornalismo, como as enchentes de 1966 no Rio, que ajudaram na transformação de patamar da emissora. 
 
Não foram tantas as figuras de fato levadas em carne e osso ao palco. “Avenida Brasil”, por exemplo, mereceu diversas menções, mas nada de Adriana Esteves ou Débora Falabella no local. Até mesmo a música da abertura foi cantada por Gusttavo Lima, em tom bem diferente do que é visto no ar. 
 
Foi assim com diversas outras marcantes canções. Prejudicial se vistos os números de forma isolada, mas uma boa solução no plano geral para que nenhum instante se sobressaísse ao conjunto. Anitta, por exemplo, conseguiu o feito de ser mera coadjuvante entre Priscila, da “TV Colosso”, e a “Fada Bela” Angélica. 
 
 
Roberto Carlos dividiu o palco com diversos jovens talentos, com uma lista que vai de Bruna Marquezine até Fernanda Gentil. 
 
Mas “Emoções” mesmo tiveram Didi e Dedé. Os trapalhões se emocionaram e levaram a plateia juntos quando foram colocados diante de imitadores de Mussum e Zacarias. 
 
Só que em meio a tantos nomes tão inconfundíveis, algumas centenas dos mais comuns como detalhe se transformaram no grande momento do encerramento. Todos os funcionários das emissoras próprias foram creditados ao fim do especial, que milimetricamente se encerrou na virada entre o sábado (25) e o domingo (26), bem quando chegava o dia do cinquentenário. 
 
Uma sacada que tomou cerca de 5 dos 90 minutos de especial, mas refletiu diretamente que a grandeza levantada pela Globo em meio aos seus acertos e erros não fica somente no discurso. 
 

No NaTelinha, o colunista Lucas Félix mostra um panorama desse surpreendente território que é a TV brasileira.

Ele também edita o https://territoriodeideias.blogspot.com.br e está no Twitter (@lucasfelix)

 

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