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Ver novela é hábito, seja ela boa ou ruim

Roda o VT


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"Em Família" foi mal na Globo; nas outras emissora, iria pior ainda - Divulgação/TV Globo

Todo programa, por pior que seja, tem um público fiel. Por algum motivo, ele está lá, não perde um minuto sequer, não se atreve a zapear no controle, nem durante os intervalos comerciais. Ainda que não se possa saber quantos telespectadores são, porque nem atingem 1% de audiência, eles existem.

São esses fiéis telespectadores que garantem os merchans vendidos do "Mulheres", da Gazeta, os bons convidados do "Todo Seu", também da Gazeta, a permanência de "Chaves" por 30 anos no SBT e, claro, a existência das novelas da Rede Globo.

Há muitos anos, uma novela global era tida como fracasso não pela baixa audiência, mas pelas críticas negativas à trama. Mesmo ruins, as pessoas continuavam assistindo.

Hoje, as coisas são diferentes, mas não muito. As novelas, como qualquer outro programa televisivo, tiveram queda de público nesta década. Porém, ainda é enorme a quantidade de TVs ligadas nos folhetins e grande o "frenesi" gerado pelos últimos capítulos, quando a novela engrena.

Em outros canais, as novelas não fidelizam tanto. O público é mais suscetível a mudar de canal quando não gosta do que vê e, inegavelmente, prefere as produções saídas do Projac.

Grosso modo, uma novela da Record ou do SBT se passasse na Globo, teria boa audiência, graças à fidelidade de seus telespectadores. E uma novela mal sucedida da Globo, em outra emissora, seria um fiasco ainda maior. Novelas, boas ou ruins, têm audiência.

Televisão é hábito, e novela das nove, é o maior deles.


Hamilton Kenji é titular dos blogs obaudosilvio.blogspot.com, letrasdotrem.blogspot.com e transcendentes.blogspot.com

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