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Fernanda Gentil ganha público e se torna maior destaque da Copa na TV

Confira nova análise da coluna "Território da TV"


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Divulgação/TV Globo

Dentre a nova geração, uma das jornalistas que mais bem sabe explorar a recente tendência de integração entre informação e entretenimento, Fernanda Gentil já havia se destacado na Copa das Confederações, mas nem a falta do “elemento surpresa” parece a tirar também do posto de musa da Copa do Mundo.

Fernanda não era sequer contratada da TV Globo no Mundial passado. Na África do Sul, ganhou notoriedade ao estender a mão para cumprimentar um convidado em um programa do SporTV. Nada de errado, não fosse um visitante deficiente visual.
 
Mas já naquela saia justa foi demonstrado jogo de cintura o suficiente para contornar situações do tipo, como a ocorrida no último domingo (22), quando chamada para dar informações da Seleção Brasileira no intervalo do duelo entre Bélgica e Rússia, ela foi flagrada observando o celular.

E se saiu com a simpatia habitual, justificando que estava se inteirando das notícias e que largou o celular no chão ao ouvir a “melodia” da voz da apresentadora Cristiane Dias, que foi sua parceira no “Rumo à Copa”.

Talvez essa tenha sido a cota de momento épico de Fernanda em um grande evento esportivo. Na Copa das Confederações de 2013, ela se destacou quando cantou junto com Chitãozinho e Xororó um trecho da música “Evidências” em entrada ao vivo no “Encontro”, o que a levou a ser convidada após a final do torneio para comentar o posto de musa.

Mas apesar do olho atento das redes sociais nesses momentos especiais, Fernanda esbanja competência por todo o ano, seja eventualmente na edição nacional do “Globo Esporte” ou todas as quartas no “Placar da Rodada”, quadro exibido pelo “Jornal da Globo”, onde consegue até a façanha de arrancar sorrisos de William Waack com suas brincadeiras diante do telão e trocadilhos bem sacados.

E conseguir ser bem humorada não quer dizer que Fernanda rompa o que se espera de um telejornal. Quando ela insere um detalhe mais ameno, ele geralmente se justifica no contexto. E são feitas de forma natural, algo raro.

As piadas mais divertidas ficam para os programas de entretenimento, como o “Mais Você”. Aliás, foi no programa de Ana Maria Braga que ela recebeu um buquê de flores como homenagem no dia dos namorados (e da abertura da Copa), enquanto no “Caldeirão do Huck” chegou a imitar Tatá Werneck.

Nos boletins dos intervalos, que possuem tempo cronometrado, a concentração é evidentemente maior. Ou seja, ela sabe como proceder em cada espaço. São várias Fernandas, mas sem nenhuma falsidade no “personagem”.

Outro trunfo é a firmeza com que ela mostra conhecer o esporte. Habituada com o meio, não titubeia quando tem de opinar sobre esquemas táticos e afins. Fala com autoridade. Bem diferente de Patrícia Poeta, que parece pedir com o olhar a bênção de Galvão Bueno para cada curiosidade que cita em sua participação no “Jornal Nacional”.

Por essa imbatível combinação de carisma e credibilidade que já temos uma candidata disparada a ser a musa do hexacampeonato. E que pode alçar voos maiores no hepta (?), já que circula a informação de que ela pode ser a primeira narradora esportiva da Globo.

Se vier mais essa promoção, será apenas o reconhecimento de um trabalho árduo e bem feito. Fernanda deixa os times de ex-craques comentaristas ou super câmeras para trás e é merecidamente o destaque da Copa até aqui na TV aberta.

 

No NaTelinha, o colunista Lucas Félix irá mostrar um panorama desse surpreendente território que é a TV brasileira.

Ele também edita o https://territoriodeideias.blogspot.com.br e está no Twitter (@lucasfelix)

 

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