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Antenado: "Casos de Família" reafirma seu estilo trash em horário nobre


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Divulgação/SBT

Primeiramente, antes de começar os trabalhos: este espaço, diferentemente de alguns outros lugares, nunca terá problemas em elogiar programas populares, até porque programa “povão” sempre foi uma cultura brasileira. Sinto que alguns colegas abominam o que é popular, feito pra “ralé” mesmo, classes D e E. Fico triste quando alguns dizem que esse tipo de formato não é atração. Dá a entender que classes baixas não são gente decente.

Dito isto, vamos começar falando o que todo mundo já sabe: se o “Casos de Família” já era trash diariamente, logicamente que passando a ser semanal e exibido às 23h, ficaria bem mais. E não tem outra palavra para definir o “Casos” desta última quarta (21): foi tudo trash, mas um trash divertido.

Como disse outro colega, o programa comandado por Christina Rocha é o melhor pior programa da TV brasileira. E também como diria um amigo meu: um pouco de baixaria na vida, algumas vezes, é bom.

O “Casos” veio com tudo e mais um pouco, de Sabrina Boing Boing deixando seus mamilos aparecerem sem querer, com homem tentando adivinhar qual bumbum era de mulher e qual era de travesti.

Outro destaque, principalmente nas redes sociais, foi o Homem Picanha. Esse, eu confesso, nunca ouvi falar na vida. Mas ele fez seu show: dançou até o chão, brincou, rolou e até discutiu com um convidado.

Ah, falando em discussão, o “Casos de Família” finalmente colocou no ar, sem censura, agressões físicas que acontecem. Essa parte é a única coisa que não gostei, pois transforma o programa em popularesco, o que, pela entrevista que Christina Rocha deu para o NaTelinha, não é a linha que a apresentadora e a sua produção querem seguir.

Falando em Christina, ela foi excelente, como sempre. Tem a pegada popular, sabe como dialogar com as classes baixas e sabe divertir e até emocionar quando preciso.

No fim das contas, o “Casos” reafirmou que é trash, que é popular, que é pobre, mas é limpinho. Continuem assim, que pelo menos é um trash divertido, que não faz mal para ninguém.


Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. Além do “Antenado”, é responsável pelo “Documento NaTelinha”. Converse com ele. Twitter: @bielvaquer
 

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