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Quando o sensacionalismo passa do limite


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Divulgação/TV Record
Gostaria de começar a escrever este artigo para o NaTelinha, falando sobre alguma novela ou algum assunto menos delicado. Porém, devido ao que vi na tarde desta-feira segunda (28), na Record, eu tive que expressar algo.
 
Pergunto aos amigos: qual é a linha tênue entre popular e popularesco? Exatamente, eu não sei. Mas de uma coisa tenho certeza: essa linha foi ultrapassada pelo “Balanço Geral SP”, apresentado por Geraldo Luís. 
 
O mesmo apresentador que disse que “daria a lóló pra não tomar tiro”, decidiu simular a tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que matou 232 pessoas em uma boate que pegava fogo, simulando o cenário da tragédia. Isso tudo regado a gelo seco, extintores e copos jogados ao chão. Tudo muito bizarro e desrespeitoso. Não é a primeira vez que Geraldo Luís e sua produção ultrapassam essa linha, e provavelmente não será a última, já que o seu “Balanço Geral” é um dos campeões de audiência da grade diária da Record. 
 
Geraldo poderia, simplesmente, fazer que nem seu colega, Marcelo Rezende. No início do “Cidade Alerta”, o jornalista se controlou pra não chorar, falando da tragédia. Na ânsia de ser trash e de conseguir índices altos de audiência, o “Balanço Geral” foi, disparado, o programa que pior tratou as mortes, como se elas fossem casuais e que apenas servissem para subir o Ibope da atração.
 
Uma pena que uma emissora como a Record, que tem nomes renomados como Adriana Araújo, Celso Freitas, Ana Paula Padrão, Marcelo Rezende, Janine Borba, Paulo Henrique Amorim, entre outros, ainda dê vez e voz a este apresentador que vai contra todo o projeto de liderança que a emissora almeja. 
 
Hoje, o “Balanço Geral” envergonhou quem o assistiu e, de quebra, piorou ainda mais a imagem da Record. Os diretores precisam controlar o sensacionalismo no programa. E urgente, antes que novos desrespeitos apareçam, e que novamente, o programa envergonhe o país. E, aqui entre nós, de vergonha, o Brasil já tem muitas. Não precisamos de mais uma.
 
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