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OlharTV: Quem canta seus males espanta no "The Voice"


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Divulgação/TV Globo
Há duas semanas uma nova atração global vem encantando o telespectador. Estou falando do "The Voice Brasil", reality musical que tem como objetivo encontrar um novo talento da música.
 
A versão brasileira segue o formato de suas pioneiras, a britânica e a norte-americana, na qual candidatos se apresentam para os jurados que, a essa altura, encontram-se sentados de costas, guiados por uma bela melodia e uma voz desconhecida.
 
Para ser escolhido, o participante deve mesmo ter um tom diferente, que se destaque, já que apenas o público, de casa e do estúdio, sabe de quem se trata, sua aparência, idade e perfil.
 
Uma vez tocado, o jurado se vira e descobre quem é o dono(a) daquela voz. Agora, caso mais de um opte pelo mesmo candidato, caberá ao cantor escolher com quem deseja ficar para, na segunda etapa do programa, ser treinado, rumo ao estrelato. 
 
A voz do Brasil
         
Já na estreia, o "The Voice Brasil" disse à que veio. Lulu Santos, Daniel, Carlinhos Brown e Claudia Leitte compondo o corpo de jurados foi apenas uma das surpresas do programa, que contou ainda com Tiago Leifert como apresentador, Daniele Suzuki como repórter e ótimos candidatos.
 
Os participantes, que representaram muito bem os quatro cantos do nosso país, eram de uma qualidade indiscutível, fruto de uma pré-seletiva muito bem cuidada, com a responsabilidade de trazer os futuros melhores cantores para concorrer.
 
E foi isso o que, até agora, com apenas dois programas exibidos, vimos. Mesmo que no final apenas um prevaleça, há muita gente boa nessa seletiva, capaz de cantar, encantar e se tornar grandes artistas. 
 
Pontos positivos e negativos
 
Sei que a atração mal começou, mas já dá para destacar a bola fora e a bola dentro do "The Voice Brasil". A começar pela ideia do jurado se guiar apenas na voz para fazer sua escolha, sem se deixar influenciar pela aparência ou idade, que é a grande tirada do programa.
 
A escolha dos jurados tem o lado bom e o ruim. É válido termos quatro gêneros diferentes na bancada: Rock, Axé, Sertanejo e Black music, com presença significativa na nossa música.
 
Isso, sem contar o fato de Carlinhos Brown ser percursionista e do Lulu Santos ser um grande crítico. Por outro lado, pode haver uma tendência natural na escolha dos candidatos, com chances de se encaixar apenas em seus estilos próprios. 
 
No mais, a disputa entre os profissionais para montarem o seu grupo pode cansar o telespectador. Tudo o que é exagerado, apelativo, forçado, perde a graça rápido. Já o tempo de apresentação, às vezes, me parece rápido demais, dando a sensação de que o jurado dormiu no ponto e quando se deu conta, “o trem já estava em outra estação”.
 
Aí, para não ficar feio, eles se rasgam em elogios ao candidato, o que também se torna uma atitude errônea. Se o participante é tão bom assim, por que não o escolheram?
    
Por fim, mas talvez a mais importante observação, a indecisão do Daniel que, por muitas vezes, fecha os olhos, sente a música, mas não aperta o botão. Sua atitude já virou alvo de piadas e questionamentos nas redes sociais. Brincadeiras à parte, confesso que eu também gostaria de entender melhor seu critério de escolha. Mas para isso, preciso aguardar as próximas audições.
 
 
Tatiana Bruzzi é colunista do NaTelinha e editora dos blogs:

www.blogespetaculosas.blogspot.com

www.eueumesmaemeusfilmes.blogspot.com
 
 
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