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O Observador: Mas vale a pena ver de novo mesmo?


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Reynaldo Gianecchini e Taís Araújo foram os protagonistas de "Da Cor do Pecado" - Divulgação
Sempre que acaba uma novela fica um gostinho de saudade. Aquela vontade por parte dos fieis telespectadores de rever todos os capítulos é o que garante o sucesso das reprises dos folhetins à tarde. Mas, até para que se possa agradar a maioria do público, a escolha de uma novela para a reprise tem que ser muito bem pensada. Será que vale a pena ver de novo “Da Cor do Pecado” mesmo? Acho que não.
 
A novela está sendo reprisada pela segunda vez, algo extremamente desnecessário. “Chocolate com Pimenta”, que antecedeu o folhetim de João Emanuel Carneiro no horário de novelas vespertino, também estava sendo reprisada pela segunda vez. Não fosse o fato da Globo ter três horários fortes de novelas à noite, essa atitude em reprisar histórias que já foram re-exibidas seria aceitável.
 
Com tanta gente pedindo “Cobras e Lagartos” no “Vale a Pena Ver de Novo” há tantos anos, por que escolher “Da Cor do Pecado”, que, inclusive, é do mesmo autor? Qualquer explicação seria leviana. E não é somente uma questão de opinião ou gosto pessoal. A tese de que insistir nas reprises das mesmas novelas é estar fadado a perder público para os concorrentes é refletida nos números do Ibope.
 
“Da Cor do Pecado” reestreou em baixa na Globo. Foram somente 12 pontos de audiência contra 6 da Record. Na quarta-feira (26), o folhetim conseguiu apenas 10 pontos. Na primeira reprise, a novela estreou com 18 pontos e seu último capítulo alcançou a marca de incríveis 24 pontos de média no Ibope. “Chocolate com Pimenta” trilhou caminhos parecidos: audiência esmagadora na primeira reprise e decepção na segunda.
 
É bom a Globo começar a rever essa questão com mais cuidado. O desgaste de um produto aumenta em progressão geométrica às suas exibições. E a audiência, claro, acompanha.
 
 
Breno Cunha escreve sobre mídia e televisão há quatro anos e sempre foi conhecido por grandes discussões provocadas por suas críticas. No NaTelinha não é diferente. Converse com ele: brenocunha@natelinha.com.br / Twitter @cunhabreno 
 
 
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