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Taís Araújo diz: "todo negro sofre preconceito, mesmo depois de famoso"


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Fotos: Karine Basílio/Revista Estilo

Capa da revista Estilo deste mês de dezembro, Taís Araújo falou sobre preconceito, após ser vítima de racismo no Facebook.

Protagonista da série "Mister Brau", na Globo, a atriz de 37 anos também está nos palcos contando uma história fictícia do último dia de vida de Martin Luther King, americano que lutou pelos direitos dos negros e igualdade civil. “As pessoas ficam impressionadas quando a gente fala que o Brasil é preconceituoso. Todo e qualquer negro sofre preconceito neste país. Mesmo depois de famoso e da ascensão social”, brada ela à revista.

Taís ainda lembra que não sua infância sofria por não ter referências como ela agora é. “Quando era mais nova, era carente de ícones. Você só via aquelas bonecas louras e de olhos azuis no mercado e esse era um padrão de beleza impossível de alcançar. Isso é cruel. Sinto-me orgulhosa em ser uma referência”, disse.

Nesta semana, outra atriz negra sofreu com racismo no Facebook. Cris Vianna recebeu diversos ataques em sua foto de perfil na rede social.

"Me empresta esse cabelo para eu dar um trago cabelo de pacaia africana", escreveu um racista. Outros comentários do tipo "Parece o Bombril que minha mãe usa na pia AFRICANA" e "Cade o Ibama pra tirar esse porco espinho do facebook?" também apareceram na página.

Cris também foi à delegacia para identificar os criminosos e desabafou em seu Instagram: "Infelizmente, ainda passamos por isso em pleno 2015. Recentemente, a vítima foi a competente jornalista Maria Júlia Coutinho. E agora, apenas um mês após minha linda colega Taís Araújo também ter sido vergonhosa e covardemente atacada, aqui estamos novamente precisando enfrentar racistas escondidos sob o pretenso anonimato da internet. Na noite do último domingo, minha página do Facebook recebeu uma série de comentários preconceituosos, imediatamente registrados e encaminhados à Justiça. Não posso me calar (...) São covardes com mentes limitadas, incapazes de enxergar e aceitar que somos todos, com as nossas diferenças e peculiaridades, dignos do mesmo respeito. A essa minoria cega e burra, minha pena".

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