Nany People revela o que Hebe Camargo fez com ela e por que não consegue esquecer

Atriz, cantora, humorista, repórter e diretora, Nany People não caiu de paraquedas no meio artístico, pelo contrário. Nesses quase 30 anos de carreira, a famosa guarda com carinho a ajuda que recebeu de ninguém menos que Hebe Camargo (1929-2012).

"Ela [Hebe] me apresentou para o sofá da família brasileira, em um tempo em que a palavra trans ou drag era muito estigmatizada, então foi um momento muito grande e icônico. Deixei de existir só naquele universo [LGBT], para existir em tudo", relembrou a atriz em entrevista ao Companhia Certa, da RedeTV!, que vai ao ar nesta segunda-feira (17) a partir da meia-noite.

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Nany People contou a Ronnie Von que guarda com muito carinho esses momentos ao lado da Rainha da TV Brasileira. "Ela teve coragem de colocar no palco só drag queens e quis se montar de drag igual a mim. Foi maravilhoso, um programa hilário, histórico e antológico", destacou.

A artista analisou os obstáculos que precisou enfrentar. "É muito fácil, em 2025, falar de lugar de fala, de respeitabilidade e de representatividade. A minha geração é de um tempo em que não era possível a gente existir. Não sou uma pessoa vitoriosa, sou uma pessoa resistente", refletiu.

No momento, People se prepara para estrear dois espetáculos em São Paulo, Como Salvar um Casamento, que ficará em cartaz de 27 de novembro a 18 de dezembro, no Teatro BDO Jaraguá, e Ser Mulher Não É Para Qualquer Um, a ser encenado de 8 a 29 de janeiro, no Teatro Mooca.

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Nany People revela "vício" em homem

Na primeira parte da entrevista a Ronnie Von, que foi exibida no último sábado (15), Nany People abriu o coração e contou que não tem nenhum vício, mas não consegue viver sem homem, apesar de considerar todos uns imaturos.

"Homem é um bicho que se desenvolve psicologicamente até dois anos de idade, depois só cresce, mas não vivo sem. Não fumo, não bebo, não jogo, mas adoro um garotão", disparou a atriz, que está com 60 anos.

Nany também falou sobre homofobia. "A gente não conseguia alugar apartamento. Ia ver o apartamento, olhavam você, toda feminina, mas com, um porte másculo, então o povo [os proprietários]: 'Ah, já alugou'. Para mim, nunca teve armário. Já nasci fazendo malabarismo no closet, porque nunca tive um armário para mim. Nunca soube me enrustir, sou muito transparente, às vezes até demais. A pessoa é, é; não é, não é", declarou.