Amiga relata que Diane Keaton estava “muito magra” semanas antes de morrer

A atriz Diane Keaton, vencedora do Oscar e uma das figuras mais reconhecidas do cinema norte-americano, morreu no sábado (11), aos 79 anos, na Califórnia. A notícia foi confirmada por um porta-voz da família à revista People, que pediu privacidade e não revelou a causa da morte.

Em entrevista publicada no domingo (12), a compositora e amiga de longa data Carole Bayer Sager afirmou ter ficado “chocada” ao ver Keaton nas semanas anteriores ao falecimento. “Eu a encontrei duas ou três semanas atrás e ela estava muito magra. Tinha perdido muito peso”, disse Sager, relatando que a mudança física foi perceptível logo na chegada da amiga.

Segundo Sager, Keaton havia passado vários meses em Palm Springs, no estado da Califórnia, após os incêndios florestais de janeiro danificarem sua casa em Los Angeles. O afastamento ocorreu enquanto a residência passava por limpeza e reparos. “Ela ficou por lá um bom tempo, e quando voltou, eu fiquei um pouco impressionada com quanto peso ela tinha perdido”, contou.

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A compositora, que trabalhou com a atriz na canção natalina First Christmas, lançada em dezembro do ano passado, descreveu o reencontro com emoção. Na ocasião, Keaton se comoveu durante a gravação, alternando momentos de canto e atuação.

“Ela cantava como uma criança, de forma muito sincera”, relembrou Sager, que chamou a amiga de “uma luz mágica” e destacou seu estilo pessoal característico — chapéus, jaquetas, calças largas e cintos.

De acordo com fontes próximas ouvidas pela People, a saúde de Keaton se deteriorou de forma rápida e inesperada nos últimos meses. A atriz manteve-se reservada e cercada apenas pelos dois filhos adotivos, Dexter, de 29 anos, e Duke, de 25. Mesmo amigos próximos não tinham plena consciência da gravidade da situação.

A atriz enfrentou desafios de saúde ao longo da vida. Nos anos 1970, lutou contra bulimia, um distúrbio alimentar que, segundo ela, resultou de pressões profissionais. Em seu livro de memórias Then Again (2011), Keaton relatou ter feito terapia intensiva e descreveu o período como “o ponto mais baixo” de sua trajetória.

Décadas depois, também tratou dois tipos de câncer de pele — carcinoma basocelular e espinocelular —, que exigiram cirurgias e a levaram a se tornar defensora do uso de protetor solar.

Diana Keaton, que nunca se casou, adotou os filhos já na casa dos 50 anos e declarou em entrevistas anteriores que a maternidade lhe deu “um propósito real”. Ao longo da carreira, manteve relacionamentos com Woody Allen, Al Pacino e Warren Beatty, mas optou por preservar a independência.

Herança de Diana Keaton

Nos meses que antecederam a morte, a atriz colocou à venda sua casa em Los Angeles por US$ 29 milhões, valor reduzido posteriormente para US$ 27,5 milhões. A decisão ocorreu após anos de reformas documentadas em seu livro The House That Pinterest Built (2017). Seu último registro público foi uma foto publicada nas redes sociais, em que aparecia com seu cachorro em casa.

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Após o anúncio da morte, colegas e amigos prestaram homenagens. Bette Midler, Jane Fonda, Candice Bergen, Mary Steenburgen e Robert De Niro manifestaram pesar e lembraram o legado de Keaton no cinema. Uma fonte próxima disse à People que a atriz manteve o humor característico até o fim, descrevendo-a como “engraçada até o último dia”.

Diane Keaton deixou uma fortuna estimada em US$ 100 milhões, construída ao longo de uma carreira de cinco décadas e de investimentos em imóveis que incluíram propriedades em Laguna Beach, Pacific Palisades e Tucson.