“Apesar das diferenças de época e da chegada de novos públicos, a novela traz uma forte carga de nostalgia e ingenuidade. Existe uma conexão emocional muito grande com a primeira fase, o que aumenta ainda mais o envolvimento do público.”
Publicado em 02/09/2025 às 06:54:00,
atualizado em 02/09/2025 às 11:57:39
Monique Alfradique revela, em entrevista exclusiva ao NaTelinha, que Êta Mundo Melhor representa uma “grande responsabilidade” para os envolvidos na novela das 18h da Globo. Aos 39 anos e em destaque na trama como a ambiciosa Tamires, ela se refere ao desafio de entregar uma continuação à altura de Êta Mundo Bom, que fez sucesso em 2016 e segue na memória afetiva do público.
“A Tamires se insere nesse espaço de maneira interessante. Ela é uma mulher que sabe o que quer, é ambiciosa e intensa, buscando ascensão social e autonomia em um ambiente predominantemente masculino e cheio de julgamentos. Ao mesmo tempo, carrega contradições, o que torna a personagem mais real e humana”, observa a atriz.
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Para a intérprete, Tamires é vítima de um sistema que tenta limitá-la. “Apesar disso, demonstra muita força ao tentar combater essas barreiras. Por exemplo, na relação com Ernesto, ela se posiciona e mostra determinação, evidenciando como mulheres podem enfrentar e desafiar estruturas que tentam diminuí-las.”
A personagem deve ganhar uma concorrente de peso com a volta de Sandra (Flávia Alessandra), antiga cúmplice de Ernesto (Eriberto Leão) que retorna à cena em breve. As reviravoltas tendem a manter a repercussão da novela em alta – até o momento, Êta Mundo Melhor tem a maior média de público na faixa das 18h desde 2020.
Monique Alfradique começou a carreira na TV como Paquita, nos anos 1990, e depois seguiu carreira em novelas – o primeiro papel fixo foi em A Lua me Disse (2005), há 20 anos. Além dos trabalhos como atriz e apresentadora na TV, ela também é produtora e, agora, está envolvida em um filme sobre a trajetória de Padre Cícero (1844-1934), como detalha a seguir.
NaTelinha: As novelas e a TV sempre tiveram espaço na sua carreira. Como avalia a importância e a relevância desse formato atualmente, considerando a competição com outros veículos, como o streaming?
Monique Alfradique: Sim, e sou muito grata por isso, pela construção que consegui fazer e que me permite estar em diversos projetos. Acredito que cada formato tem suas particularidades e seu público, e que eles podem transitar entre si, se complementando de forma leve e natural. Além disso, traz mais oportunidades para a classe artística.
Sou completamente apaixonada pelo entretenimento e por tudo o que construí com tanto esforço ao longo dos anos. É incrível ver como novas linguagens e formatos estão sempre surgindo, trazendo diferentes públicos, com desejos e expectativas únicos. Isso me instiga, me inspira e me dá ainda mais vontade de continuar criando, aprendendo e me conectando com as pessoas de forma verdadeira.
NaTelinha: Êta Mundo Melhor tem registrado a maior audiência das 18h na década. Sente que a novela tem uma maior repercussão com o público do que trabalhos anteriores?
Monique Alfradique: O público ama a novela por muitos terem acompanhado Êta Mundo Bom, que marcou época e conquistou muita gente com personagens extremamente cativantes. Essa nova fase carrega uma responsabilidade enorme, justamente por lidar com a memória afetiva do público e ao mesmo tempo apresentar uma história com novas tramas, com novos personagens e um novo contexto.
“Apesar das diferenças de época e da chegada de novos públicos, a novela traz uma forte carga de nostalgia e ingenuidade. Existe uma conexão emocional muito grande com a primeira fase, o que aumenta ainda mais o envolvimento do público.”
E, claro, os textos do Walcyr Carrasco são impressionantes. Ele tem uma habilidade única de criar personagens, por exemplo como Tamires, femininas fortes, complexas, cheias de personalidade e com muitas reviravoltas. Isso tudo contribui para o sucesso e a grande repercussão da trama.
NaTelinha: O que pode nos adiantar sobre o destino da Tamires na novela? O que vem por aí?
Monique Alfradique: A Tamires é uma personagem intensa, ambiciosa e cheia de nuances. Ela chega ao Dancing disposta a causar conflitos, mas carrega uma história profunda, marcada pelo desejo de ascensão social, pela ambição e por uma vulnerabilidade que, aos poucos, vai sendo revelada, e que toca o público.
Ainda vem muita reviravolta por aí, com novas descobertas que prometem surpreender e mostrar outras camadas dessa personagem tão complexa.
NaTelinha: Pela ambientação de época, a novela aborda temas que refletem os dias de hoje, como o machismo. Como Tamires se insere nessa discussão, na sua percepção?
Monique Alfradique: A Tamires se insere nesse espaço de maneira interessante. Ela é uma mulher que sabe o que quer, é ambiciosa e intensa, buscando ascensão social e autonomia em um ambiente predominantemente masculino e cheio de julgamentos. Ao mesmo tempo, carrega contradições, o que torna a personagem mais real e humana.
Ela não está isenta de reproduzir certos comportamentos, mas também enfrenta situações em que é vítima de um sistema que tenta limitá-la. Apesar disso, demonstra muita força ao tentar combater essas barreiras. Por exemplo, na relação com Ernesto, ela se posiciona e mostra determinação, evidenciando como mulheres podem enfrentar e desafiar estruturas que tentam diminuí-las.
NaTelinha: Você é produtora associada em um filme sobre Padre Cícero. Conte-nos o que te motiva nesse novo projeto.
Monique Alfradique: A Tatiana Quintella, que é a produtora do filme, me convidou para fazer parte do projeto, e eu já admirava muito o trabalho dela e como mulher empreendedora. Ela produziu o Beach Life, meu programa que estreia em breve. Conheci mais a fundo o projeto, me apaixonei imediatamente.
“Padre Cícero tem uma trajetória marcante e um vínculo profundo com a história do nosso país, não só pelo aspecto religioso, mas também como símbolo de cultura popular, resistência e identidade nordestina.”
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Fazer parte desse projeto é, para mim, uma forma de valorizar e contar uma história brasileira potente, com raízes profundas e que ainda hoje desperta tanta devoção e curiosidade. Estou muito feliz em contribuir também nos bastidores com algo que considero tão significativo.
Êta Mundo Melhor é criada e escrita por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson e tem direção artística de Amora Mautner. A novela vai ao ar na Globo às 18h.
O NaTelinha divulga todos os dias os resumos dos capítulos, detalhes dos personagens, entrevistas exclusivas com o elenco e spoilers da novela Êta Mundo Melhor. Confira!
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