Enfoque NT

Observando concorrentes, SBT precisa partir pra cima nos seus 40 anos

É hora do SBT parar de assistir tudo de camarote

Silvio Santos em seu dominical - Divulgação/SBT
Por Thiago Forato

Publicado em 01/12/2020 às 05:50:24

Faltando um mês para entrarmos no ano em que completa 40 anos de existência, o SBT precisa se mexer e não assistir seus concorrentes estrearem novas atrações que impactam o público ao longo de 2021. Depois de um ano perdido por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a emissora ainda não dá sinais de que vai mergulhar no mercado.

A Globo já entrou em contagem regressiva para estrear sua programação de verão envolvendo o BBB21. E a Record se planeja para lançar A Ilha, reality que reunirá 14 famosos em uma ilha, passando por dinâmicas e provas para conquistar um prêmio.

O projeto deve ser lançado entre junho e setembro, e antes disso a emissora também tem planos para uma nova temporada do Power Couple. A Fazenda, sucesso de audiência e de faturamento neste ano, irá ao ar em setembro. Isto é, programas de confinamento e que visam dar uma sacudida no público.

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SBT no camarote

Por enquanto ainda calmo, o que se espera é que o SBT agrida um pouco mais em 2021 em virtude dos 40 anos. Foi assim em 2011, quando lançou vários programas e até uma versão especial e brasileira do Chaves. Em 2001, quando completava 20 de existência, nadou de braçada com a Casa dos Artistas e grandes parcerias internacionais como a Disney e Warner.

Obviamente, os tempos são outros e 2020 foi complicado para todo mundo. No entanto, isso não está impedindo suas principais concorrentes de ousar e projetar novidades. Só a Libertadores da América, embora seja um feito ter o torneio na programação, é muito pouco. Nem a emissora sabe o que fazer com o novo público que está "redescobrindo" o canal.

Após perder figuras como Maisa no entretenimento e Roberto Cabrini no jornalismo, é hora do SBT se reinventar e se reposicionar no mercado. Não ser mais a emissora das reprises, da exibição de novelas em looping e do absoluto marasmo que lhe assombra.

Com um complexo de fazer inveja a qualquer um na Anhanguera e um dono que já usou e abusou de golpes de mestre, é hora de fazer valer essas Bodas de Esmeralda. Afinal de contas, a vida começa aos 40. Mas em muitos casos, também acaba aos 40. Questão de cuidado.


Thiago Forato é jornalista, assina a coluna Enfoque NT desde 2011, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Converse com ele pelo e-mail thiagoforato@natelinha.com.br ou no Twitter, @tforatto



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