Opinião

Angélica mostra ao vivo no GNT o que a Globo perde na TV aberta

Angélica Ao Vivo conecta telespectadores e merece espaço na Globo

Angélica estreou seu novo programa no GNT - Foto: Reprodução
Por Sandro Nascimento

Publicado em 19/10/2025 às 06:15:16,
atualizado em 19/10/2025 às 12:47:18

Angélica Ao Vivo estreou na quinta-feira (16) no GNT, com a proposta principal o título da atração. O formato não é exatamente novo, convidados reunidos em torno da mesa para debater temas diversos, mas o diferencial está justamente em quem apresenta. Ter Angélica no comando é o tempero que transforma o trivial em especial.

Durante o programa, Angélica demonstra habilidade ao costurar assuntos aleatórios. Ainda assim, houve momentos em que a quantidade de temas abordados na mesma noite atrapalhou a fluidez da conversa, talvez fosse mais interessante reduzir o número para aprofundar melhor cada um.

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A decisão da direção de limitar o uso do teleprompter a momentos pontuais foi  um acerto que permitiu que a espontaneidade e carisma da apresentadora prevalecessem.

No ar, Angélica consegue tratar de temas íntimos, como sexo, com muita naturalidade. Ela consegue transformar o ato de se expor em ferramenta de conexão com o telespectador. Essa entrega pessoal fica bem longe de parecer forçada ou apelativa. Isso é raro na TV.

"Isso faz com que o público não apenas assista a Angélica Ao Vivo, mas também se reconheça, se envolva e, enfim, se identifique".

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Na estreia, foi importante seu posicionamento político quando pediu para que Lula indicasse uma mulher negra ao STF, um gesto que reforça seu amadurecimento como artista.

O ponto fraco no primeiro episódio ficou por conta de uma brincadeira entre artistas, tentando adivinhar quem estava em uma foto colada na testa. A dinâmica, já bastante batida, destoou da criatividade que vinha marcando o programa até então. Foi uma bobagem.

Com uma conversa boa, Angélica Ao Vivo consegue deixar o telespectador como um quinto convidado à mesa. Por suas qualidades, precisa ganhar edição na TV aberta e não pode ficar escondido no GNT. O formato é bom, mas a apresentadora faz dele algo muito melhor. Tem futuro.



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