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"Meu Pedacinho de Chão": Remake ganha tom de fábula e atemporal

Confira mais um especial de novela do NaTelinha


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Fotos: Divulgação/TV Globo

Uma releitura da clássica novela “Meu Pedacinho de Chão”. A partir desta segunda-feira (7), a TV Globo exibe na faixa das 18h a nova versão da trama de Benedito Ruy Barbosa.

O universo rural e realista do folhetim de 1971 sai de cena e dá lugar a uma história ressignificada a partir do olhar da criança, com um tom de fábula, moderno e atemporal. Permanecem os coronéis, os capangas, a professora, entre outros personagens, porém todos revitalizados para a contemporaneidade.

A novela gira em todo da pequena Vila Santa Fé, onde vivem as duas crianças protagonistas: Serelepe (Tomás Sampaio) e Pituca (Geytsa Garcia). O pai de Pituca, Coronel Epa (Osmar Prado) é um grande latifundiário que sempre foi avesso ao progresso. Por isso, ele travará uma luta com Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi), um grande defensor da modernidade, que abriu mão de suas propriedades para a construção de comércios, de uma pequena igreja e da primeira escola da cidade.

Em casa, os telespectadores poderão conferir a magia de um conto de fadas, com árvores de várias cores, casas revestidas de latas e antigos brinquedos, com uma cidade cenográfica que interage com a narrativa.

Ficha técnica

Escrita por Benedito Ruy Barbosa
Releitura de “Meu Pedacinho de Chão” (1971), de Benedito Ruy Barbosa
Direção Geral de Luiz Fernando Carvalho
Estreia: 07/04
Horário: 18h20
Antecessora: “Joia Rara”, de Thelma Guedes, Duca Rachid e Thereza Falcão

Elenco

Geytsa Garcia – Pituca
Osmar Prado – Epaminondas Napoleão (Coronel Epa)
Rodrigo Lombardi – Pedro Falcão
Tomás Sampaio – Serelepe

Alex Brasil – Jonas
Alice Coelho – Lurdes
Antônio Fagundes – Giácomo
Bruna Linzmeyer – Juliana
Bruno Fagundes – Doutor Renato
Cintia Dicker – Milita
Dani Ornellas – Amância
Emiliano Queiroz – Padre Santo
Evandro Melo – Secretário do Prefeito
Fernando Sampaio – Marimbondo
Flávio Bauraqui – Rodapé
Gabriel Sater – Viramundo
Inês Peixoto – Dona Tereza
Irandhir Santos – Zelão
Johnny Massaro - Ferdinando
Juliana Paes – Maria Catarina
Kaue Ribeiro de Souza – Tuim
Letícia Almeida – Rosinha
Paula Barbosa – Gina
Raul Barretto - Izidoro
Ricardo Blat – Prefeito das Antas
Teuda Bara – Mãe Benta

Inimizade declarada

A pequena Vila Santa Fé começou a dar seus primeiros passos rumo ao desenvolvimento nas mãos da família Napoleão. No passado, as terras do local foram adquiridas pelo avô de Epaminondas Napoleão (Osmar Prado), que cultivou uma enorme fazenda na região e a deixou para seus familiares. Coube justamente a Epaminondas, mais conhecido como Coronel Epa, iniciar a venda de pequenos lotes para outros proprietários de sítios da redondeza, dentre eles Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi).

Coronel Epa sempre foi um homem conservador e contrário à modernidade. Devido a essa característica, ele acaba ganhando um grande inimigo. Progressista, Pedro Falcão resolveu doar seu pedaço de chão, comprado de Epa, para que fossem construídos no local uma pequena venda, administrada por Giácomo (Antônio Fagundes) e uma capela, comandada pelo querido padre Santo (Emiliano Queiroz). A relação entre o coronel e Pedro Falcão azeda de vez quando o progressista consegue derrotar Epa nas eleições municipais, ao eleger seu parceiro político, o Prefeito das Antas (Ricardo Blat).

Laços de amizade

A representação mais forte entre os personagens de “Meu Pedacinho de Chão” estará presente nas crianças Serelepe (Tomás Sampaio) e Pituca (Geytsa Garcia), que terão a função de demonstrar os valores de justiça, amor, infância, sonho, liberdade e, principalmente, amizade. O folhetim será narrado a partir do ponto de vista lúdico da infância dos dois amigos.

Serelepe é um garoto pobre, órfão e que vive na fazenda do Coronel Epa. Sem ter um passado, a única coisa que ele carrega em sua infância é a forte amizade que sente por Pituquinha. No entanto, a cumplicidade vivida pelos dois amigos é sempre ameaçada por Coronel Epa, pai de Pituca, que nunca aprovou a amizade entre os dois. Muito esperto, Serelepe conseguiu desenvolver habilidades para se livrar de armadilhas e fará de tudo para se manter próximo de Pituca.

A vida da família de Epa

Epaminondas é viúvo de Sofia, com quem teve o filho Ferdinando (Johnny Massaro), que, ainda muito jovem, decidiu sair de casa para estudar. Cansado da solidão, resolveu se casar com Madame Catarina (Juliana Paes), com quem teve a pequena Pituca. O filho Ferdinando resolve voltar para casa após concluir o curso de Agronomia, para decepção do pai, que acreditava que o garoto havia se formado em Direito e que, assim, poderia fazer frente na carreira política a Pedro Falcão e ao Prefeito das Antas.

Na fazenda do coronel, também vivem a Mãe Benta (Teuda Bara), famosa parteira e benzedeira da região, seu filho Zelão (Irandhir Santos) e Rodapé (Flávio Bauraqui), além de Amânica (Dani Ornellas) e Rosinha (Letícia Almeida), que dão expediente na Casa Grande, como é chamada a residência de Epa.

A polêmica escola

Em um dos terrenos doados por Pedro Falcão foi erguida a primeira escola da comunidade. No dia em que Ferdinando retorna à Vila Santa Fé, desembarca na cidade a encantadora professora Juliana (Bruna Linzmeyer), que foi contratada pelo Prefeito das Antas para lecionar na escola.

Nos primeiros dias na cidade, Juliana fica hospedada na casa de Pedro Falcão, já que os móveis de seu quarto ainda não haviam chegado à Vila. Na casa do progressista, a professora é recebida por dona Teresa (Inês Peixoto), esposa de Pedro, e Gina (Paula Barbosa), filha única do casal, uma garota com aparência selvagem, cheia de sentimentos e que se torna grande amiga de Juliana.
    
O ódio do coronel Epa por Pedro Falcão aumenta com a construção da escola e ele ordena ao capataz Zelão que bote fogo no colégio antes dele ser inaugurado. Fiel, Zelão segue sua missão, mas desiste de executar o plano ao ficar impressionado com a beleza e meiguice da professora Juliana. Conhecido como um homem bruto e temido por todos, Zelão começa a mostrar sua verdadeira face ao se apaixonar pela moça.

Cartas de Zelão

Zelão é um rapaz analfabeto que, para confessar seu amor para a professora Juliana, recorre a Rodapé, um homem que se diz doutor em Letras. Porém, Rodapé não sabe escrever nem seu próprio nome e, por isso, sempre preencheu o papel apenas com rabiscos e figuras. Ao não receber nenhuma reposta da professora, Zelão resolve procurá-la e perguntar se ela realmente leu suas cartas. Juliana, ao encontrar o rapaz, se dá conta de que ele é completamente analfabeto. Zelão fica envergonhado, deixa o local rapidamente e jura vingança a Rodapé, que fará de tudo para fugir do capataz.

Além de Zelão, outros homens do lugarejo se rendem à bela Juliana. Um deles é o doutor Renato (Bruno Fagundes), médico que chegou recentemente à cidade. O rapaz foi para o vilarejo por exigência do pai, um médico famoso na capital, que conhecendo as deficiências médicas do interior do país, acredita que o filho poderá se aprimorar na carreira atendendo os mais necessitados. Devido à Juliana, Renato resolve ficar na Vila Santa Fé por mais tempo e passará a disputar o coração da professorinha com Zelão e com o amigo Ferdinando, que também se apaixonará por ela.

O simpático dono da venda

Giácomo (Antônio Fagundes) é descendente de italianos e amigo de quase todo mundo no vilarejo. Com muito sacrifício, o viúvo conseguiu erguer a venda, que funciona agregada a sua residência, onde vive com a filha Milita (Cintia Dicker). Seu melhor amigo é Pedro Falcão, de quem ganhou a terra para erguer seu estabelecimento comercial.

O comerciante é um homem simpático que consegue ser duro com os outros, quando realmente precisa. E ele muda de humor principalmente quando se trata do romance da filha com Viramundo (Gabriel Sater), um violeiro de talento, mas sem futuro. Giácomo sonha em ver a filha tendo um futuro promissor ao lado do doutor Renato. No entanto, um segredo sobre a origem do violeiro irá surpreender o comerciante.

Autor e diretor

O experiente novelista Benedito Ruy Barbosa volta a trabalhar com o diretor Luiz Fernando Carvalho após 12 anos. A parceria dos dois rendeu à TV Globo dois grandes sucessos nos anos 90: “Renascer” e “O Rei do Gado”. O último trabalho da dupla foi na novela “Esperança”.

Antes de iniciar sua carreira como novelista, Ruy Barbosa trabalhou como jornalista em redações de grandes jornais da capital paulista. Em 1966, recebeu o convite da extinta TV Tupi para escrever sua primeira novela: “Somos Todos Irmãos”. Desde então, foram 34 novelas, entre elas sucessos como “Simplesmente Maria”, “Cabocla”, “Os Imigrantes”, “Paraíso”, “Sinhá Moça” e “Vida Nova”.

Em 1990, o autor migrou para a Rede Manchete, onde escreveu o maior sucesso da extinta emissora: “Pantanal”. De volta à TV Globo, se destacou ao escrever as novelas “Renascer”, “O Rei do Gado” e “Terra Nostra”. Nos últimos anos, supervisionou o trabalho de suas filhas nos remakes de “Cabocla”, “Sinhá Moça”, e “Paraíso”.

Já Luiz Fernando Carvalho é um premiado diretor de TV e cinema, com formação em Letras e Arquitetura. Seu primeiro filme, “Lavoura Arcaica”, recebeu mais de 50 prêmios.

Na telinha, esteve à frente de 25 produções, entre novelas, minisséries e especiais. Entre seus trabalhos mais destacados estão as minisséries “Grande Sertão: Veredas” e “Riacho Doce”, a microssérie “Hoje é Dia de Maria” e as telenovelas “Tieta”, “Pedra Sobre Pedra”, “Renascer” e “O Rei do Gado”.

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Nos últimos anos, dedicou-se a dirigir adaptações de obras literárias para a TV, como “A Pedra do Reino” e “Capitu”.

Anote na agenda

“Meu Pedacinho de Chão” estreia nesta segunda (07), às 18h20, na TV Globo.

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