Entrevista exclusiva

Eliana faz balanço sobre sua trajetória, conta novidades e fala de Silvio Santos: "mudou minha vida"

NaTelinha acompanhou um dia de gravações de seu programa no SBT


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Fotos: Gabriel Cardoso/SBT especial para o NaTelinha

O relógio indica quase 15h, quando adentro ao SBT, localizado na rodovia Anhanguera, Grande São Paulo. A magnitude do local chama atenção de qualquer um que passa no km 18, próximo do trevo de Osasco. Embarco na van interna, que me deixa em menos de um minuto em frente ao estúdio 2, pois já estão esperando a equipe do NaTelinha, para iniciar a pauta do dia com uma das comunicadoras mais queridas do público: Eliana.

O primeiro passo é entender que, para que haja êxito expressivo do programa, a apresentadora conta com um seleto grupo de colaboradores capacitados e criativos – que vão desde o redator, editor e produção, passando pela estagiária que leva o microfone, até a moça que coordena a animada plateia, finalizando pelas mãos do diretor-geral da atração, Ariel Jacobowitz.

Sou bem recebida por todos, que logo reservam um espaço para mim em uma cadeira, atrás das câmeras. Dá um trabalho danado colocá-lo no ar toda semana! Observo que muita coisa ocorre de forma simultânea: posicionamento de luz, organização dos produtos de merchandising que será anunciado, a montagem do cenário que precisa estar impecável, o texto correto de dálias (cartazes) e TP (Teleprompter) e tantos outros importantes detalhes. Não demora muito, e eis que surge Eliana, munida de um alto astral contagiante, que derruba qualquer eventual tristeza presente.

Sorridente, ela logo faz questão de cumprimentar a caravana que estava se organizando nas plataformas, vinda da região de Perus (zona oeste da cidade). Animada, pede que coloquem uma música no estúdio. Extrovertida, porém atenciosa, precisou passar apenas uma vez cada texto antes das gravações de suas chamadas e anúncios publicitários. Afinal de contas, trabalho é trabalho. Faz questão de se comprometer minuciosamente em cada processo. “Eu sempre gostei de me envolver. Não só porque leva meu nome, mas, tudo que apresento, eu preciso acreditar”, ressalta.

Eliana faz balanço sobre sua trajetória, conta novidades e fala de Silvio Santos: \"mudou minha vida\"

E quando o diretor dispara o “gravando”, vejo in loco a volta de um dos quadros de maior sucesso: o “Rola ou Enrola”. Consiste em cinco mulheres que decidem através de suas plaquinhas, se aceitam conhecer ou não um dos mais de dez rapazes que se apresentam ao longo da brincadeira. Os perfis são os mais variados possíveis. “O diferencial é que são as mulheres quem escolhe os rapazes. Do ponto de vista da modernidade, isso é muito legal”, explica.

Logo em seguida, o alvoroço começa e atende pelo nome de MC G15, levando fãs ao delírio entoando seu atual hit “Deu Onda” – música que chegou a figurar no ranking dos “50 virais do mundo”, segundo o aplicativo Spotify. Já era noite, quando o cenário se transforma para a apresentação de mais um quadro: “Força do Bem”. Na ocasião, uma menina de apenas 11 anos contou sua história inspiradora, na qual pedia através das redes sociais, doações para comprar cestas básicas aos mais necessitados. “Levamos os empresários ao programa, que se sentam em cadeiras de costas, e ouvem a história do participante. Se eles quiserem, batem o sinal, viram e fazem a doação. Porém, nós os deixamos livres de não doarem, caso não se sensibilizem com o relato”, reforça.

Particularidades

A primeira aparição da então pré-adolescente Eliana ocorreu como figurante no comercial de uma marca de sutiã. Aos 13 anos de idade, ela passa no teste e começa a integrar o grupo musical intitulado de A Patotinha, permanecendo ao todo durante quatro anos. No início da década de 90, a convite de Gugu Liberato, viaja pelo país realizando shows com o quarteto Banana Split. Natural de São Paulo, a filha de dona Eva e seu José Bezerra, ainda na infância, já dava indícios que a arte transformaria sua vida. Destemida, a pequena já divertia sua pequena plateia, a própria família, fazendo poses e imitações de conhecidos artistas da telinha.

A revolução profissional se deu no ano de 1991, ao ser convidada por Silvio Santos, o dono do SBT, para comandar o programa infantil “Festolândia”, começando assim sua história de amor e desafios na TV brasileira. Outras atrações surgiram ao longo dos anos como: “Sessão Desenho” (1992-93), “Bom Dia & Cia” (1993-97), “TV Animal” (1996), “Eliana & Cia” (1997-98), “Eliana & Alegria” (1998-2003), entre outros.

Transição

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Após marcar gerações no âmbito infanto-juvenil, sendo eternizada por crianças e adolescentes de todo país, também reconhecida carinhosamente através da canção “Os Dedinhos” - considerada um clássico no segmento, e vender milhões de LP’s, K7’s, CD’s e DVD’s -, era chegada a hora de se reinventar no oficio artístico. Em 2005, já contratada pela RecordTV, muda de estilo e faz a transição do público infantil para o adulto, através do “Tudo É Possível”, exibido nas tardes de domingo. “Foi uma das coisas mais importantes da minha vida saber mudar na hora certa”, relembra a loira, que se orgulha em receber o título de representante do público feminino, abrangendo toda a família brasileira.

Prestes a completar 12 anos como a única mulher na competitiva guerra de audiência aos domingos, neste bate-papo que a estrela nos concedeu, ela opina sobre a concorrência, relação com o patrão Silvio Santos, maturidade, beleza, maternidade e muito mais.

NaTelinha - Por que decidiram retornar com o quadro “Rola ou Enrola”?

Eliana - Ao todo, o “Rola ou Enrola” já tem cinco anos no ar, formato que sempre foi sucesso. Após um ano e meio fora do ar, decidimos voltar a exibi-lo. As pessoas me pediam nas ruas, redes sociais, tinham saudades do quadro, que realmente é muito divertido. Uma característica que eu particularmente amo, uma brincadeira que a gente faz de relacionamento, mas que na verdade o diferencial desse quadro, é que são as mulheres quem escolhe os rapazes. Do ponto de vista da modernidade, isso é muito legal. Durante muitos anos, somente os homens quem decidiam pelas mulheres.

NaTelinha - Vocês compraram novos formatos para 2017. Pode citar mais detalhes do que vem por aí?

Eliana - No ano passado, recebi um convite do Silvio Santos para que eu fosse à Cannes (França) visita a maior feira do mercado de entretenimento audiovisual. Lá vi diversos formatos, troquei ideias com meu diretor, Ariel Jacobowitz, por telefone. Trouxemos novidades que têm muito a ver com o que está acontecendo no momento: comportamento no relacionamento. Queremos ajudar os casais promovendo um novo olhar. Os novos quadros são:

- My Wife Rules: São mulheres que sabem cozinhar, casadas com maridos que não entendem de fogão. O desafio é que eles preparem uma receita de suas esposas e de um renomado chef, através de um ponto eletrônico, dirigidos por elas em outra sala. Culinária é um tema que agrada à família no mundo inteiro. Além disso, envolve a relação do casal. Com esses testes, a gente percebe o quanto eles estão em sintonia, se respeitam, se ouvem;

- The History of My Life: Quando me apresentaram esse quadro, eu chorei na frente dos executivos (risos). Esse formato realmente me tocou. São casais que perceberão o quanto a linha do tempo é passageira. Quantos momentos eles perdem com o passar dos anos, deixando de se declarar, viver e amar. As transformações, caracterização, acontecem através da maquiagem, envelhecendo de 30 em 30 anos... Até o final de suas vidas, mesmo antes dela acontecer. A partir daí surgirão várias questões, de quanto um ama o outro. É muito forte. Emocionante. Vou intermediando esses momentos.

- Curvy SuperModel: São mulheres curvilíneas, que saem completamente desse padrão estipulado pela moda e sociedade, que, dita que você precisa ser magra, para ser linda. Esguia, para ser bela. Nós provaremos o contrário, não precisa nada disso. Se a mulher estiver bem, confiante consigo mesma, ela pode ser do jeito que for e quiser. É um reality de mulheres tão charmosas quanto às modelos de passarela. Estamos trabalhando em um casting maravilhoso.

NaTelinha - Qual de seus quadros atuais de maior popularidade?

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Eliana - O quadro “Força do Bem” foi criado por nós – não trabalhamos somente com formatos comprados -, dá muita audiência. Mais que resultado em números, seu significado é o valor das pessoas. Hoje gravamos com uma menina de 11 anos, que faz trabalho voluntário desde os 8. Ela cresceu numa casa onde via o pai ajudando pessoas com dependência química. Sozinha, teve a ideia de entrar nas redes sociais e pedir ajuda para comprar cestas básicas, e, as pessoas se sensibilizaram por ela ser bem pequena, começaram a doar. É inspirador. Levamos os empresários ao programa, que se sentam em cadeiras de costas, e ouvem a história do participante. Se eles quiserem, batem o sinal, viram e fazem a doação. Porém, nós os deixamos livres de não doarem, caso não se sensibilizem com o relato. Normalmente as pessoas realmente colaboram.

NaTelinha - O que te estimula a cada semana gravar um programa que está sempre se reinventando?

Eliana - O programa, assim como minha carreira de uma maneira geral, sempre abraça uma causa. Quando eu trabalhava com crianças, me preocupava com o lado educativo, de informação. Trabalhando para a família brasileira, eu acredito que devemos de alguma forma, prestar serviço, plantar sementes, precisa ir além do entretenimento. A gente segue ajudando a divulgar familiares desaparecidos. Isso surgiu a três anos em uma daquelas matérias que faço nas ruas. Eu conheci uma ONG e fiquei desesperada, impressionada com os dados de pessoas que desaparecem ao ano. Isso muda através da divulgação. Ninguém ajudava, no máximo, um panfleto na rua, uma foto nas redes sociais... Porém, sabemos que o maior meio de comunicação ainda é a televisão.

Pra mim é fundamental ajudar de fato; não é assistencialismo.

Eliana

Sua vinda hoje foi abençoada, encontraram um rapaz, Mário, e a irmã gravou agradecendo. Cada vez que uma pessoa reaparece, tenho a certeza que o programa vale à pena, tem o porquê de existir. Então temos prestação de serviço, ação social, um olhar para as questões do dia a dia que às vezes a sociedade não presta atenção. Mas não é por maldade. Assim como a violência doméstica que virou noticia em todo Brasil. No ano passado virou um tema latente por diversos motivos, então pensei, por ser a única mulher aos domingos, representante da classe feminina há tantos anos, precisava ajudar de alguma forma nesse sentido. Iniciamos uma campanha #ElianaPorTodasElas, que gerou muitas denúncias. As pessoas se encorajaram, a partir das nossas chamadas, abrimos esse espaço. Por um lado foi triste perceber a opressão de muitas mulheres, mas foi uma satisfação enquanto mulher, cidadã, ter colaborado.

Apesar de o programa ser caracterizado como entretenimento, pra mim é fundamental ajudar de fato. Não é assistencialismo. É olhar uma questão social e movimentar que ela tenha mais relevância, passando à mensagem, enquanto estão sossegadas em suas casas com suas famílias.

NaTelinha - Você interfere nas decisões do programa, acompanha reuniões de pauta, propõe matérias e entrevistas?

Eliana - Eu sempre gostei de me envolver. Não só porque leva meu nome, mas, tudo que apresento, eu preciso acreditar! Participo. Tenho uma equipe criativa, que está comigo há muitos anos. São pessoas especiais. Eles são fundamentais para o andamento e sintonia do programa. O meu diretor é um homem que entende da alma feminina, de uma mulher apresentando, da sensibilidade, aonde queremos chegar. Ficando em estúdio ou saindo para uma externa, o material bruto, chega às mãos da equipe e ele quem finaliza para colocá-lo no ar. Essa confiança é adquirida com o tempo. Ele já me mostrou nesses anos que se preocupa bastante com qualidade, isso me encanta muito. E com a mensagem. Como te falei, não adianta o entretenimento por si só. Precisamos nos engajar, esse objetivo tem sido cumprido.

NaTelinha - Como você lida com temas como audiência e concorrência aos domingos?

Eliana - Eu tenho 27 anos de carreira, já vi muita coisa acontecer na TV brasileira, completarei 12 anos aos domingos. Já estive na Record, voltei para o SBT. Estou super feliz aqui. Audiência são números; um dia você vai bem, outros, nem tanto. Nossa média ao mês oscila entre 8 a 9 pontos no Ibope. Esse último ano foi o melhor, desde que retornei ao SBT, muito positivo e de crescimento. Eu acredito na construção de uma carreira. O que eu apresento precisa ter verdade. Desde meu início, ao estrear na televisão, eu queria ser lembrada como uma apresentadora que passasse algo a mais. Isso permaneceu.

Tempos depois ganhei um programa para a família brasileira. É fundamental nesse processo o departamento comercial. Vai muito bem, inclusive no nicho feminino, me considero representante desse público. A concorrência é algo saudável. Respeito todos os profissionais independente do tempo de estrada. Ganhar é sempre bacana em vários aspectos. E, quando vejo meus concorrentes indo bem, acredito o quanto estão trabalhando, acho positivo.

NaTelinha - Recentemente saiu uma nota na imprensa, noticiando que sua produção estaria plagiando um dos quadros exibidos no concorrente. Qual a sua reação e da equipe ao ler isso?

Eliana - Não me preocupa em nada. Sei da responsabilidade que todos nós temos em fazer algo original, respeitando o nosso público. Muitas vezes, o programa está nos Trending Topics do Twitter. Além de assistirem, as pessoas interagem comentando, opinando. Recentemente, lembrando o Dia Internacional da Síndrome de Down, mostramos uma linda matéria mostrando a capacidade deles, que todos são iguais basta encorajamento, incentivo. Exibimos uma entrevista exclusiva com o ex-jogador Romário, falando de sua relação com a filha. Isso mostrou uma movimentação, empatia nas redes sociais. Essa relação com valores é o que realmente me importa na construção de carreira e imagem.

NaTelinha - A crítica vinda de anônimos, fãs ou imprensa é algo que te incomoda?

Eliana - Eu respeito à opinião dos profissionais da minha área, de quem entende daquilo que faço. Críticas bem elaboradas ajudam o profissional. Quando recebemos somente elogios, corre-se o risco grande em achar que você é o melhor. Sou uma figura pública, tenho uma vida profissional positiva, linear, com pouquíssima rejeição. Todas as pesquisas que o SBT realiza, são de reconhecimento. Nunca houve um escândalo ao meu respeito, nada que arranhasse minha história profissional. Meus perfis na internet são todos abertos por eu ser uma pessoa pública. Aquilo que gosto de postar está disponível ao público para que opinem.

NaTelinha - Você iniciou na carreira artística cantando, chegou a integrar os grupos A Patotinha e Banana Split no final dos anos 80. Como se deu a transição do canto à apresentação? Trabalhar com artes era um sonho de infância ou tudo aconteceu naturalmente?

Eliana - Eu queria ser artista. Era aparecida desde pequena (risos). Nas festinhas da família eu já brincava de cantar. Via os atores e imitava em frente à TV. Partiu de mim, nada foi imposto por meus pais. Eu venho de uma família que não tem nada a ver com esse universo. Tudo que envolve arte me encanta; seja na música, dança ou apresentando. Me sinto uma pessoa aberta para aprender e desenvolver essas habilidades. No próprio programa já fiz apresentações dançando Anitta, que teve milhões de acesso na internet, e Marilyn Monroe na Hebe. Isso me atrai bastante.

Durante anos fiz muitos shows para crianças, são mais de sete milhões de discos vendidos... É muita história! E apresentar faz parte de tudo isso. Podemos atuar, cantar, dançar. Quem descobriu de fato que eu poderia ser uma comunicadora foi o Silvio Santos. Ele quem me descobriu, pensei que fosse passar o resto da vida cantando.

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NaTelinha - E migrar do segmento infantil para o público adulto foi difícil?

Eliana - Foi uma das coisas mais importantes da minha vida saber mudar na hora certa, realizar essa transição do infantil para o público adulto. Isso é difícil acontecer. E no meu caso, com muito esforço, trabalho, dedicação e medos eu consegui. O público foi carinhoso comigo. Onde eu estiver, os terei cativos sempre. Hoje se usa muito o termo seguidor. Tenho fãs que me acompanham desde que eram crianças, cresceram comigo e, hoje, são pais e mães. É gratificante.

NaTelinha - Qual o significado de Silvio Santos em sua vida? Como descreve sua relação com ele?

Eliana - Qualquer palavra que eu te diga sobre ele, é pouco perto da gratidão que sinto por tudo que o Silvio representa. Não só para mim, mas para todos nós, brasileiros. Especialmente porque ele mudou minha vida. Ele tem um olhar visionário, de uma sensibilidade artística e pessoal. É um exímio apresentador, grande ser humano, preocupado com o próximo. Sou privilegiada por ter sido descoberta por suas mãos. Nós convivemos de maneira pontual, pois nossas vidas são bem corridas. Viver alguns momentos com o maio ícone da televisão brasileira é realmente gratificante, me sinto orgulhosa.

Na infância eu o assistia aos domingos, comendo macarronada com franguinho junto à minha família. Quando eu poderia imaginar que um dia eu iria trabalhar ao lado dele? Saí do SBT rumo à RecordTV como apresentadora infantil. Fiquei muitos anos lá. Retornei por um convite dele. Quando o telefone tocou era ele me chamando para estrear no domingo, um dos dias mais importantes na TV. Dividir esse espaço com o mestre? Na hora me faltou até o ar. Demorei em acreditar que tudo aquilo estava acontecendo comigo: voltar para casa onde tudo começou, pelas mãos de quem me descobriu.

NaTelinha - Vamos falar de outra faceta sua: o de empresária. Como surgiu a ideia de se enveredar por esse caminho, dona da editora Master Books?

Eliana - A editora é minha paixão, penso que cultura nunca é demais. Quero de alguma maneira contribuir com a educação e leitura do nosso país. Nosso último lançamento de maior sucesso foi a biografia da cantora Elis Regina. Essa história tinha de ser contada, estar em um livro, feita de forma excelente pelo jornalista Julio Maria. Temos publicações do escritor Paulo Coelho, da artista plástica Nina Pandolfo, do ator e diretor Selton Mello e outros títulos que estamos trabalhando nesse ano.

Eliana faz balanço sobre sua trajetória, conta novidades e fala de Silvio Santos: \"mudou minha vida\"

NaTelinha - Em 2012, você lançou o portal DaquiDali. Comente um pouco sobre o conteúdo dessa mídia.

Eliana - É um portal feminino que presta serviço à mulher. Temos mais de três milhões de acesso mensalmente. No caso da campanha #ElianaPorTodasElas, se estendeu às redes sociais. Na época, contamos com o auxílio de duas juristas: a promotora de Justiça Gabriela Manssur, e a advogada Marina Ganzarolli. São pessoas muito importantes nesse meio. Ambas tiveram no palco do programa durante meses, ajudando mulheres abusadas e agredidas há muitos anos, tirando dúvidas, esclarecendo e orientando mesmo após o término das gravações, elas ficavam em torno de uma hora, respondendo a perguntas e angústias através do Facebook. Foram muitos pedidos de socorro. Um trabalho que se estende.

Tivemos há pouco tempo a história no quadro “Beleza Renovada”, de uma mulher que resolveu denunciar o marido, porque viu nossa campanha. A Justiça deu proteção a ela e às suas crianças. Ela renovou sua vida indo ao palco e mostrando que é muito capaz, conseguindo concluir a faculdade. Transformou o visual, já arranjou emprego e tudo melhorou bastante. Através da aparência, as pessoas não vêem o conteúdo, é aquele julgamento imediato. Era uma tristeza enorme. Uma história cruel, que se repete, infelizmente, diariamente no Brasil.

NaTelinha - Hoje você está no auge de seus 43 anos de idade. Chegou a se deparar com a crise dos 40? Qual a sensação de lidar com a passagem do tempo, o amadurecimento?

Eliana - Quando eu comecei minha carreira, ainda aos 14 anos, pensava de uma forma, com 20 eu era diferente, e hoje, aos 40, também. Eu tenho segurança e maturidade para entender que precisamos sempre aprender, evoluir. Lá atrás eu não tinha muito essa noção. Isso independentemente do meu físico. Amadurecer fazendo o que se ama é muito bom! Algumas pessoas questionam se estou no formol (risos), que estou bonita e continuo bem. É legal de se ouvir, porém, o mais bacana é poder me comunicar da forma que eu amo. Comecei novinha. Quero envelhecer aos olhos do público fazendo o que gosto.

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NaTelinha - Qual o maior desafio na criação e educação de um filho nesse mundo moderno?

Eliana - É não proteger demais. A vida lá fora não é fácil... Quando eu saí para trabalhar, vi o quão duro ela é! Por mais que eu tivesse muito amor dentro de casa, quando saímos, a gente descobre que não é fácil conquistar as coisas. Tem gente que, de uma forma ou de outra, vai querer te passar a perna, ferir e entristecer. Muitas vezes, curiosamente, para que haja crescimento, precisamos passar por sofrimentos. Como é duro pensar enquanto mãe, que algum dia isso pode vir acontecer com seu filho.

O Arthur é uma criança generosa, corajosa. Ele é um menino que divide suas coisas. Que Deus lhe dê muita saúde. Eu sou uma mãe muito atenta, dou bastante atenção ao meu filho. Trabalho muito. Mas todo o meu tempo é com o Arthur. Depois do seu nascimento ele é a prioridade na minha agenda. Atenção é fundamental na educação.

NaTelinha - Pensa em dar um irmãozinho ao Arthur esse ano? Uma nova gravidez está em seus planos de vida?

Eliana - Eu deixo nas mãos de Deus sobre dar um irmãozinho... Se tiver que acontecer, será especial. Mas se Ele quiser que o Arthur seja filho único, assim será. Ele foi muito desejado.

NaTelinha - Finalizando nosso bate-papo, deixe um recado aos leitores do NaTelinha.

Eliana - Continuem curtindo nosso programa, participando através das redes sociais e acessando o NaTelinha, ficando por dentro de tudo o que acontece nos bastidores da TV.

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