Maior Ibope da Cultura, programa "Planeta Terra" será encerrado em 2017
Emissora nega e garante edições inéditas
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Publicado em 06/12/2016 às 12:41
Exibido nas noites de domingo e dono da maior audiência da TV Cultura há algum tempo - marca em torno de 3 pontos de média -, o programa de documentários "Planeta Terra" será extinto.
Segundo informações obtidas pelo NaTelinha, a atração comandada pela locutora e apresentadora Valéria Grillo vai se encerrar no início de 2017 - por volta do mês de fevereiro -, como mais uma medida de contenção de gastos da Fundação Padre Anchieta.
O "Planeta Terra" basicamente exibe documentários vindos da BBC, da Inglaterra, da série "Planet Earth". Porém, o canal não está mais disposto a pagar para trazer novos episódios.
Os gastos, com a alta do Euro, ficaram enormes. Mesmo assim, comparado com outros jornalísticos da casa, como o "Repórter Eco" e o "Matéria de Capa", o custo é inferior.
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Além disso, o programa é dono da maior audiência do canal já há algum tempo. Disputando com Rodrigo Faro, Eliana e Fausto Silva, marca média de 3 pontos de Ibope, e não raramente chega ao quarto lugar nos números, ganhando da Band e da RedeTV!.
Inclusive, recentemente, a emissora dos Saad estreou nos domingos a faixa "Documentários BBC", praticamente no mesmo horário do "Planeta Terra", e usando material que até bem pouco tempo era a fonte da Cultura para a atração.
A Band continua bem na audiência: marca entre 2 e 4 pontos de Ibope na Grande São Paulo. Não é o mesmo que o futebol alcançava, mas o custo é mais barato se comparado ao que uma transmissão registrava.
O "Planeta Terra" é um dos mais antigos programas da Cultura, e sempre sai e volta à programação do canal, mas não esperava-se sua extinção neste momento, por conta dos altos índices em um de seus momentos mais difíceis.
Procurada pela reportagem, a emissora nega que o "Planeta Terra" será cancelado e diz que novos episódios estão sendo adquiridos. O NaTelinha reafirma as suas informações.
Recentemente, funcionários da TV Cultura entraram em greve por conta de dissídios não pagos desde 2013. Foi a terceira em dois anos, e a Fundação Padre Anchieta só conseguiu normalizar tudo após mais de uma semana de paralisação.
