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Diretor de Esportes da Globo celebra cobertura da Olimpíada: Será histórico


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Fotos: Divulgação

Com Fabrício Falcheti
 

Ficar fora de Londres 2012 não foi tão traumático para a Globo, mas talvez para o público. Nas transmissões de Jogos Olímpicos desde 1974, o canal sempre foi símbolo de excelência nesse tipo de evento.

Em 2009, quando o Rio de Janeiro foi escolhida para ser sede, a Globo já anunciou que faria a cobertura. Sete anos se passaram, e o que vai se ver na tela a partir desta sexta-feira (5) não será apenas a volta da Globo para os Jogos Olímpicos, mas será a maior cobertura de sua história.

Isso quem diz é, talvez, o principal nome de todo o planejamento dos trabalhos: Renato Ribeiro, diretor de Esportes da Rede Globo, em conversa exclusiva com o NaTelinha.

Renato detalha a cobertura, comenta como foi a preparação de todos os profissionais que estão envolvidos nela, fala da concorrência, de polêmicas como a violência do Rio de Janeiro, tão destacada pela imprensa internacional, da relação com emissoras gringas, e explica por que o telespectador terá que ver os Jogos Olímpicos na Globo: "O público reconhece na Globo a excelência das nossas transmissões esportivas. A missão é fazer com que quem está em casa se sinta cada vez mais próximo das arenas e dos atletas. O nosso estúdio olímpico, estrategicamente localizado no coração do Parque Olímpico, será o camarote do público para o maior evento esportivo do planeta".

Leia a entrevista na íntegra, que encerra a série de reportagens do "Jogos NaTelinha" apresentando a cobertura e transmissão que os canais brasileiros irão fazer das Olimpíadas do Rio na TV aberta e na TV por assinatura.

Desde o mês passado, dez matérias especiais foram publicadas, com canais que possuem os direitos e até mesmo esportivos que não transmitirão os Jogos, mas farão a cobertura jornalística, como é o caso do Esporte Interativo.

Mas nossa cobertura não para por aqui. Durante toda a Olimpíada, o NaTelinha estará presente com repercussão do que foi ao ar na televisão, bastidores, audiências, entrevistas e especiais. Fique ligado!

Confira:

NaTelinha - Como foi feita a preparação para capacitar os profissionais da Globo a cobrir um evento de imenso porte como as Olimpíadas do Rio de Janeiro?

Renato Ribeiro -
Desde que soubemos que o Rio de Janeiro seria a sede dos Jogos Olímpicos em 2016, começamos a nos preparar para esta cobertura histórica. Ao contrário da Copa do mundo, em que o futebol é a grande paixão nacional, na Olímpiada, esportes muito populares se misturam a outros pouco conhecidos. Temos experiência em cobertura de Jogos Olímpicos, mas este tem um caráter especial. É em casa, a primeira Olimpíada em um país da América do Sul. Será sem dúvida uma cobertura muito mais abrangente e extensa. Nossa equipe – narradores, comentaristas, apresentadores e repórteres – participaram de workshops e palestras sobre as modalidades olímpicas e sobre a história do esporte.

Formamos um Time de Ouro com alguns dos maiores ídolos do esporte brasileiro e os preparamos para que pudessem assumir essa nova função de comentar a competição, trazendo a emoção de quem já estava lá, representando o Brasil, para o público que está em casa. Também tivemos a preocupação de preparar o público para ser o grande anfitrião desta festa. Desde março de 2015, começamos a exibir séries, reportagens e quadros especiais explicando modalidades, apresentando os atletas brasileiros que vão nos representar e os ídolos internacionais que são referência mundial nos esportes. Até o final dos Jogos Olímpicos, já teremos exibido mais de 2.500 reportagens com temas olímpicos.

NaTelinha - A estrutura que a Globo montou, com um grande estúdio estrategicamente localizado, transmissões em 4K e experimentais em 8K, além do grande número de profissionais, faz ter a certeza que não é só a melhor cobertura dos Jogos, mas também da história da Globo em 51 anos de existência?


Renato Ribeiro - Sem dúvida, estamos preparados para fazer uma cobertura histórica para a emissora. Reunimos a nossa grande experiência em coberturas, a melhor equipe na frente e por trás das câmeras, a última palavra em alta tecnologia e um Time de Ouro com ex-atletas que marcaram a história do esporte brasileiro para, juntos, contarmos as histórias desta que será a primeira Olimpíada no Brasil e na América do Sul. É um grande desafio para nós fazer uma cobertura que faça com que cada brasileiro se sinta parte dos Jogos.

Sem sair de casa, ele vai ter o melhor da competição: nos programas, transmissões e telejornais, cada detalhe das disputas, as performances dos atletas, a emoção dos pódios. Na Globo, serão 160 horas no ar, mais de 100 horas de transmissões ao vivo. Além das cerca de 10 horas diárias de conteúdo olímpico no ar, vamos oferecer um segundo canal exclusivo, complementar, na plataforma do Globo Play, disponível também no GloboEsporte.com. Aberto e gratuito para usuários em todo o Brasil, o canal será o ‘Play nos Jogos’.

NaTelinha - Teme-se muito a violência que vive o Rio de Janeiro. A Globo está preparando os seus profissionais para isso? Existe o medo da violência atrapalhar de alguma forma a cobertura?

Renato Ribeiro -
Essa cobertura não difere de outras grandes que já fizemos. Sempre nos cercamos dos cuidados necessários para qualquer cobertura jornalística. Foi assim na Copa do Mundo, está sendo agora nos Jogos Olímpicos.

NaTelinha - Como a Globo vê as concorrentes Record e Band para as transmissões? E as emissoras de TV paga?

Renato Ribeiro -
Não conhecemos o planejamento das outras emissoras. Mas a concorrência é bem-vinda. Mesmo em outros grandes eventos, como a Copa do Mundo por exemplo, dividimos os direitos na TV aberta. O que podemos garantir é que estamos prontos para uma cobertura de alto padrão para todos os brasileiros, estejam eles onde estiverem.
 
NaTelinha - A Globo vai auxiliar emissoras estrangeiras que estejam ou não com conteúdo para as Olímpiadas?

Renato Ribeiro -
Como TV líder no Brasil, é natural que emissoras estrangeiras nos procurem. Através da agência de notícias e serviços de mídia NewSource Globo, prestamos serviço para emissoras de outros países, com clipes de imagens e pontos estratégicos para ancoragens e entradas ao vivo.
 
NaTelinha - Por que o telespectador irá ver os Jogos na Globo, mesmo tendo sete outros canais como opção?

Renato Ribeiro -
Porque o público reconhece na Globo a excelência das nossas transmissões esportivas. A missão é fazer com que quem está em casa se sinta cada vez mais próximo das arenas e dos atletas. O nosso estúdio olímpico, estrategicamente localizado no coração do Parque Olímpico, será o camarote do público para o maior evento esportivo do planeta. Teremos novas versões da mesa tática, que já fazia sucesso no futebol, para apoiar as transmissões de basquete, vôlei, vôlei de praia, handebol e até a natação. Um recurso que aproxima ainda mais o público do jogo, porque ajuda os comentaristas a explicar as jogadas, as táticas e a estratégia de cada atleta em busca da melhor performance.

No campo virtual do futebol, outro recurso impressionante: o da jogabilidade. A novidade agora é recriar jogadas, tal como em um videogame. Mais um esporte faz companhia ao futebol no Campo Virtual. Agora o basquete também terá esse recurso, que permite que o comentarista ‘entre’ na quadra/campo e explique em detalhes as jogadas, as táticas e a estratégia de cada atleta em busca da melhor performance.

E ainda teremos a luxuosa participação do Time de Ouro com 12 importantes ídolos do esporte brasileiro: Guga, Hortência, Giba, Gustavo Borges, Daiane dos Santos, Flavio Canto, Maurren Maggi, Tande, Emanuel, Fabi, Shelda e Lars Grael. Eles fazem parte de um grupo de mais de 40 comentaristas, incluindo nomes consagrados como Ronaldo (futebol), Tiago Splitter (basquete) e Junior Cigano (boxe), Edson Luciano (atletismo). Nossos comentaristas vão usar a experiência de quem já esteve lá para comentar as competições e traduzir a emoção do atleta para o público.

Relembre a série de reportagens:

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