Vídeo inédito mostra Galvão irritado e preocupado com Ibope na Copa de 98
Compilado foi parar na web recentemente
Publicado em 27/07/2016 às 18:11,
atualizado em 27/09/2021 às 20:49
Com a proximidade das Olimpíadas, muita gente tem curiosidade de saber como funciona a transmissão de um grande evento, principalmente feito pela Globo.
Há pouco mais de uma semana, um vídeo curioso foi parar na web. É de 1998, abertura da Copa do Mundo da França, jogo entre Brasil e Escócia. A vitória brasileira foi de 2 a 1, em uma disputa apertada com direito a gol contra.
O arquivo mostra um compilado de bastidores da transmissão durante o intervalo e o pós-jogo com Galvão Bueno.
Nas imagens, é possível ver um narrador meio tenso, participativo e até irritado algumas vezes. No intervalo, ele questiona o porquê da exibição de um perfil do volante César Sampaio, em detrimento a informação do jogo: "Eu queria repórter, porque eu não tenho repórter?".
Ao ouvir várias pessoas no ponto eletrônico, Galvão também reclama muito: "Quem tá chamando alô, alô no meu ouvido? Isso tá um samba do criolo doido! O que é que vocês conseguiram fazer, meu Deus do céu?".
Após a partida, Galvão surge um pouco mais feliz. Ele pergunta o Ibope para a direção: "Eu sei que deu uma goleada". Ao receber a informação - segundo o NaTelinha pesquisou em arquivos de jornais antigos, a estreia do Brasil em 98 marcou 56 pontos de Ibope na Grande São Paulo -, o narrador fica bem feliz: "Ô rapaz, como eu tô satisfeito... Se o time ajudasse, hein?". Vale lembrar que, naquele ano, a Copa do Mundo foi transmitida por seis emissoras abertas: Globo, SBT, Record, Band, Manchete e CNT - além de SporTV e ESPN na TV paga, que ainda era muito cara.
Por fim, ele deu mais um esporro, reclamando novamente de várias pessoas falando no seu ouvido: "Bueno, quem está falando no meu ouvido? Corta!". O vídeo termina com a entrada de Galvão após a partida, em entrada no "Jornal Hoje".
O vídeo deve ter sido gravado de Antenas Parabólicas, dada sua qualidade não tão boa. É que na época algumas transmissões de satélite iam parar em Parabólicas, já que elas não eram codificadas pelos canais - ou seja, ficavam abertas ao público. Nos anos 90, isso era bem comum, e gravações do tipo derrubaram até ministro em 1994.
Veja:
