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Há 45 anos, ia ao ar no México a primeira esquete de "Chaves"


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Os personagens do seriado "Chaves" reunidos na vila
20 de junho de 1971. Há exatos 45 anos, ia ao ar pelo Canal 8, do México, a primeira esquete do seriado "El Chavo del Ocho", que no português foi traduzido como "Chaves". 
 
A atração surgiu como uma esquete escrita por Roberto Gómez Bolaños, onde uma criança de oito anos discutia com um vendedor de balões em um parque, que na época fora interpretado por Ramón Valdez, o Seu Madruga.
 
Nascia aí um dos maiores sucessos de todos os tempos no México, e que em 1984 ganhou terras brasileiras, com a aquisição do SBT pelo produto.
 
Em 1975, as histórias do menino órfão, o Chaves, já eram assistidas por mais de 350 milhões de pessoas por semana, sendo o grande show da Televisa no México. 
 
As gravações do programa duraram até o ano de 1992, que não teve um último episódio gravado. Ele terminou sem um final propriamente, com uma esquete numa das aulas do Professor Girafales (Rubén Aguirre), com os personagens já bastante envelhecidos, e sem a mesma agilidade de outrora. Afinal, 21 já haviam se passado. 
 
Homenagem do Google
 
Nesta segunda-feira (20), o site de buscas mais popular do mundo, o Google, não deixou a data passar em branco. 
 
 
Numa singela homenagem, o site colocou Kiko (Carlos Villagrán) pulando numa corda, regida por Pópis (Florinda Meza) e Chaves caindo do barril tentando pegar seu pirulito. 
 
A chegada ao Brasil 
 
Num pacote da Televisa, em meio às novelas, o SBT adquiriu as séries "Chapolin" e "Chaves", de Roberto Gómez Bolaños, em 1984. 
 
A qualidade de produção do seriado destoava do padrão de telenovelas da Televisa, e Silvio Santos ficou de analisar se ficaria ou não com o pacote, que só poderia ser adquirido caso "Chaves" também fosse exibido.
 
Na época vice-presidente da emissora, Luciano Callegari lembrou que no primeiro contrato de cinco anos, cada episódio custou US$ 250, sem a dublagem, e depois passou a custar US$ 500. Dinheiro de pinga.
 
 
O próprio Callegari, em entrevista ao livro "Chaves: Foi sem querer querendo?", comentou que disse não ao seriado e tampouco se interessou por ele num primeiro momento. "Em razão da péssima qualidade da imagem, e também me pareceu, na oportunidade, que não teria grande chance de sucesso na nossa grade", bradou.
 
Os diretores do SBT foram unânimes. Para eles, "Chaves" não tinha qualidade, mas Silvio Santos contrariou a todos e disse que compraria o pacote da rede mexicana. O sucesso foi instantâneo, se tornando um curinga na programação do canal. 
 
Versão brasileira 
 
Em 1997, segundo publicação do jornal O Estao de S. Paulo, Silvio Santos queria fazer uma versão brasileira do menino do oito. O diretor Roberto Manzoni, o Magrão, foi ao México para formalizar o convite à Bolaños.
 
Obviamente, nada saiu dessas conversas. No entanto, em comemoração aos 30 anos do SBT, a emissora produziu episódios especiais do seriado, com atores brasileiros.
 
Em meados de 2005, com contrato vencendo, a Globo tentou tirar o "Chaves" do SBT. A ideia não era exibí-lo, como lembrou o jornal Folha de S. Paulo da época, mas apenas impedir que o SBT continuasse com o sucesso. Ao menos, a tentativa era encarecer o produto para Silvio Santos.
 
A Record, a Band e RedeTV! corriam por fora. O pedido da Televisa era de US$ 1 milhão por ano, num pacote que incluía 250 episódios de "Chaves" e quase 600 de "Chapolin" e "Chespirito". O triplo do que o SBT pagava.

Mas Silvio Santos resolveu abrir os cofres e pagou o que a emissora mexicana pedia, mantendo toda a trupe de Chaves, que segue no ar há 32 anos no Brasil através do SBT, mantendo o sucesso e boas risadas com um produto lançado originalmente há 45 anos.
 
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