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Gugu comemora fase de programa e diz: "É preciso olhar pra frente"


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Fotos: Divulgação/TV Record

À medida que o tempo passa, Gugu Liberato surpreende cada vez mais. O apresentador, que tem cerca de 40 anos de carreira, já recebeu diversos rótulos ao longo deste tempo e gradativamente se desfez de cada um deles.

Gugu já teve seus tempos de liderança imbatível aos domingos, dia em que se consagrou no SBT à frente do “Domingo Legal” - uma das maiores pedras no sapato da Globo. Também já foi - ou ainda é, para alguns -, visto como sucessor de Silvio Santos, profecia que perdeu força quando, em 2009, migrou para a Record.

Até mesmo quando deixou a emissora, em 2013, após profundas mudanças nas quais um salário como o do animador não seria compatível com o novo momento, Gugu surpreendeu: em vez de voltar para o SBT, como muitos previam, manteve-se fora do ar e seu retorno foi novamente para a Record, em uma proposta que nada se lembrava daquela feita em 2009.

Gugu Liberato trocou as tardes de domingo pelas noites dos dias de semana, área então dominada por Ratinho. No ano de 2014, teve programa às terças, quartas e quintas. Em 2016, perdeu dois dias e ficou apenas com as quartas - mas não reclama. “Isso propiciou um apuro maior na produção. A atração ganha em qualidade, algo que o telespectador percebe”, resumiu.

Após um 2015 de altos e baixos no Ibope, que foram bem extremos - desde horas na liderança com a entrevista exclusiva com Suzane von Richthofen, até derrotas amargas para o “MasterChef” -, Gugu tem mais a comemorar em 2016. “Em 16 confrontos com a concorrente, vencemos 15”, festeja.

Em uma conversa exclusiva com o NaTelinha, o apresentador falou mais sobre seu atual momento, futuros projetos, a nostalgia dos seus fãs e também sobre seus negócios, que são liderados pela produtora GGP, existente há vários anos mas que nunca teve o espaço que tem hoje - afinal é a que produz o “Gugu”.

Confira a entrevista na íntegra:

NaTelinha - Nesta nova temporada do Programa do Gugu, os índices estão mais expressivos e a atração venceu praticamente todos os combates com o "Programa do Ratinho". Como você e a emissora analisam a atual temporada e seus resultados?

Gugu -
Estamos muito contentes com a receptividade do telespectador, claro. Como você mesmo falou, em 16 confrontos com a concorrente, vencemos 15 vezes. E isso, claro, só aumenta a vontade de toda a equipe do programa “Gugu” em produzir reportagens e histórias impactantes e também divertidas para o público. Acredito também que fazer o programa somente uma vez por semana – em 2015, iam ao ar três edições por semana – propiciou um apuro maior na produção das matérias e do programa em si, uma vez que temos um tempo maior para preparar as reportagens. Com isso, a atração ganha em qualidade, algo que o telespectador, claro, percebe. E, consequentemente, isso se reflete na audiência e também na repercussão em outros veículos.
 
NaTelinha - O "Programa do Ratinho" tem apostado no DNA e em outros formatos que engajam ainda mais o público. Vocês têm estratégias de quadros ou novos formatos para conter um provável avanço dele ou de outros concorrentes?

Gugu -
É natural, temos estratégias para vencer a concorrência. Mas não podemos revelar (risos). O que eu mais gosto no programa “Gugu” é que não temos quadros fixos. A cada edição, levamos ao público reportagens diferentes, fazendo com o que o programa não caia na mesmice. É, vamos dizer, novidade a cada edição. Se, em um programa, levamos uma entrevista com alguma personalidade (neste ano, entrevistamos, por exemplo, o Marco Antonio de Biaggi, o Walter Mercado ou o Luiz Bacci), em outro focamos em reportagens de saúde. Ou seja, muda a cada semana. Isso, ao meu ver, aumenta o interesse do público pelo programa.
 
NaTelinha - Até então, você concorria com duas emissoras transmitindo futebol, e agora será apenas uma, já que a Band abriu mão dos direitos. O que muda para vocês ter mais uma emissora disputando pelo público que rejeita futebol?

Gugu -
O programa “Gugu” é mais uma opção para quem não gosta de futebol. E, embora o futebol seja o esporte mais popular do Brasil, sabemos que nem todo o mundo gosta de assistir às partidas. Tem um público muito grande que quer assistir a outro tipo de atração às quartas-feiras à noite. É para este segmento que procuramos apresentar um programa de qualidade e que desperte interesse. O fato de ter mais uma emissora apostando em uma programação que não seja a esportiva só torna a disputa mais motivadora, a concorrência é saudável.
 
NaTelinha - Muitos internautas, que acompanham o programa "Gugu" e comentam nas redes sociais, sentem saudades de quadros como a "Piscina de Amido" e "Banheira do Gugu". Sente falta de um programa mais animado e menos pautado na emoção? Como enxerga esse sentimento de nostalgia do público?

Gugu -
É natural a nostalgia do público, são 40 anos de carreira. Atingi várias gerações que se acostumaram a ver nos meus programas os quadros que você mencionou. Eu fico muito contente quando as pessoas pedem o retorno de alguns quadros. Acompanho também o carinho das pessoas pelas redes sociais. Isso mostra que, de alguma maneira, esses quadros foram importantes, e os meus programas marcaram a vida dessas pessoas. No entanto, é preciso olhar para frente, propor novas coisas para o público.
 
NaTelinha - Mesmo com mais de um ano nos dias de semana, muitos telespectadores ainda associam a sua imagem aos domingos. Sente falta do dia em que consagrou sua carreira? O que mudou para você, enquanto apresentador, desenvolver um programa para o meio da semana e horário nobre em vez de um nas tardes de domingo?

Gugu -
Foi muito importante fazer um programa aos domingos por tanto tempo, porque atingimos a família que estava reunida no fim de semana e conseguimos falar para um público mais abrangente. Sinto saudades das histórias, das pessoas que conheci e que trabalharam comigo. Mas profissionalmente fechei um ciclo importante. Agora estou feliz com os resultados do programa nas noites de quarta-feira. É um horário nobre e também desafiador, porque conversamos com um outro público. De qualquer maneira, na hora de sentarmos para pensar o programa, nosso objetivo é sempre pensar numa atração que misture informação e entretenimento para toda a família. Minha rotina mudou porque não trabalho sempre aos domingos e tenho tempo para ficar com meus filhos e tocar projetos pessoais mas, por outro lado, também viajo bastante para gravar entrevistas e externas. O trabalho continua!

NaTelinha - A GGP, sua produtora, teve um começo conturbado na produção do programa "Gugu" tanto na primeira temporada quanto no começo desta segunda. Hoje, depois de mais de um ano de produção, acredita que o novo modelo de negócio entre a sua empresa e a Record funciona bem? O que pode ser melhorado?

Gugu -
É natural que no começo aconteçam alguns ajustes de produção. Era a primeira vez que a Record estava exibindo meu programa ao vivo fora dos estúdios da emissora. Houve um processo de adaptação da equipe e também de logística e operacional, mas que estava dentro do previsto. Esse modelo de negócio é uma tendência mundial e a parceria está funcionando bem para todos os envolvidos.
 
NaTelinha - Com o avanço da terceirização dos programas da Record, comentou-se que a GGP poderia produzir programas como "A Fazenda" e "Power Couple" (que acabaram ficando com a Floresta) ou o "Domingo Show". Existe esta pretensão de abraçar mais programas na Record? Quais são eles?

Gugu -
Isso é uma decisão da Record.

NaTelinha - Além da figura de Gugu como animador, também há a do Gugu como empresário à frente da GGP. Existe alguma cláusula de exclusividade entre os seus serviços e a Record no que diz respeito à produção para TV ou você produziria programas para o SBT, Band ou outras concorrentes caso fosse rentável?

Gugu -
A GGP é uma produtora de conteúdo aberta a todas as emissoras, agências de publicidade etc. Quanto mais produções ocuparem nossos estúdios, melhor para a empresa.

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