Notícias

Deputada sobre Rachel Sheherazade: "Ou tira ela do ar, ou recebe punição"

Jandira Feghali move ação contra a jornalista e o SBT sobre opinião no "SBT Brasil"


23f2bd959652a3413cbc3cf1091fe6cc.jpg
Divulgação/SBT

A deputada federal Jandira Feghali (PC do B - RJ) falou pela primeira vez sobre a representação que enviou para a Procuradoria Geral da República contra a jornalista Rachel Sheherazade, apresentadora do "SBT Brasil" e o canal de Silvio Santos.

Em entrevista para o site "Brasil 247", Jandira explicou que não quer deixar a declaração de Rachel, que teria defendido que um menor fosse amarrado à um poste e linchado, impune aos olhos da Justiça: "O que ela fez foi apologia ao crime. O SBT tem que responder por isso, não pode acobertar uma pessoa que, com toda a liberdade, manda matar. E que isso sirva de parâmetro para outras emissoras que tentam fazer isso".

Jandira deixou claro que o seu problema não é com a jornalista, e sim com o que ela falou no ar: "Obviamente meu problema não é com a Sheherazade, ela tem abertura para fazer o que faz, mas estamos questionando o SBT, que viola a Constituição e dá espaço para a apologia ao crime. A ação entra em embate com o SBT. Ou tira do ar a jornalista, ou recebe punição. Ou muda a conduta, o que acho difícil".


Para concluir, ela afirmou que ninguém pode julgar um menor sobre um erro que ele cometeu: "Ninguém pode trazer para si o poder de julgamento. Estamos num estado democrático de direito". Jandira pediu para a procuradoria geral a gravação do jornal, e quer que, durante a investigação da representação, o SBT não receba verbas oficiais do governo de publicidade, por exemplo.

Entenda o caso

A apresentadora do jornal "SBT Brasil" emitiu uma opinião no dia 4 de fevereiro, sobre um jovem de 15 anos, acusado de roubo, que foi agredido e acorrentado por populares no Rio de Janeiro.

Para a âncora, em um país onde há grandes índices de violência, as atitudes dos chamados vingadores são consideradas compreensíveis. A jornalista ainda classificou o fato como uma "legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado" e incentivou que os defensores dos direitos humanos fizessem um "favor" ao Brasil e adotassem um bandido.

Em entrevista exclusiva e de grande repercussão para o NaTelinha, ela acusou o PT e o PSOL de censura: "O PSOL é um partido que vem ganhando as manchetes dos jornais por seus escândalos de desvio de dinheiro público e fraudes. É uma legenda insignificante, inexpressiva, que agora, às vésperas da eleição, quer ganhar as manchetes, se fazer presente de alguma forma. Procurava uma vítima para chamar de sua e uma algoz a quem pudesse acusar, desviando, assim, a atenção dos eleitores de seus escândalos políticos recentes. Assim como o PT, o PSOL também defende o controle da mídia, que nada mais é do que a volta da CENSURA aos meios de comunicação. O partido acusa-me de incitação à violência quando simplesmente faço uso de um direito constitucionalmente garantido - a liberdade de expressão. Portanto, é um partido anti-democrático, que não tolera a imprensa livre. Seu presidente usou o plenário da Câmara para me fazer acusações levianas, na esperança de ganhar dividendos eleitorais".

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado