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"Estou lembrando da minha época de Jovem Guarda", diz Wanderléa sobre musical

"60! Década de Arromba - Doc. Musical" estreia nesta quinta (1) no Rio


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Foto: Sandro Nascimento/NaTelinha

As jovens tardes de domingo estão de volta. Estreia nesta quinta-feira (1), no Rio de Janeiro, o musical "60! Década de Arromba - Doc. Musical". "Eu nunca pensei que depois de tantos anos, com 50 anos de carreira e 70 anos de idade, eu pudesse ainda fazer um musical", diz Wanderléa em entrevista exclusiva para o NaTelinha.

O espetáculo conta os principais movimentos musicais da década de 1960 sendo contextualizado com a história do Brasil e do mundo. "60! Década de Arromba - Doc. Musical" tem direção de Frederico Reder e pesquisa de Marcos Nauer. "Eles trouxeram a volta da década de 60, onde sou protagonista. Não é focada na minha história, porque a minha eu história vou contar na minha biografia para o ano quem vem", explica a eterna ternurinha.

"É muito bom você olhar pra trás e para o lado e ter a família junto", diz Wanderléa sobre dividir o palco com sua filha Jade e com seu marido, o músico Lalo Califónia.

A montagem é uma superprodução que conta com 24 atores, 20 cenários e pouco mais de 300 figurinos, além da orquestra de 10 músicos. "São oito entradas, trocas de roupas e uma atuação junto com elenco. Isto está me trazendo vitalidade e estou me lembrando da minha época de Jovem Guarda que vivia assim, nessa loucura", diz a cantora.

Confira a entrevista na íntegra:

Como surgiu o convite para fazer parte do musical?

Wanderléa -
Isso é um convite de muito tempo do Frederico Render, dono do Theatro Net, produtor e diretor do espetáculo. Ele junto com o Marcos Nauer montaram o musical e me trouxeram a sinopse e o roteiro. Acabei me convencendo, achei muito interessante a história e o Nauer estava muito motivado. Eles trouxeram a volta da década de 60, onde sou protagonista. Não é focada na minha história, porque a minha eu história vou contar na minha biografia para o ano quem vem.

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Como é dividir o palco com sua filha?

Wanderléa -
É uma alegria. Com a Jade e com meu marido Lalo, que está tocando também e administrando com meu maestro, Tony Lucchese, que produz os meus discos e que está também dentro da banda. Foi um convite da família. O Fred (diretor) trabalha com a família dele e eu também estou acostumada a trabalhar com minha família. Com o Lalo e a Jade tocando juntos. Eu estou muito feliz. Eu trouxe para este espetáculo o mesmo clima dos meus shows. É muito bom você olhar pra trás e para o lado e ter a família junto. Mas também pra ficar uma temporada tão grande tinha que trazer a família. Só ficou faltando a minha filha Yasmim, mas ela tem um trabalho de artista plástica em São Paulo e atua como cenógrafa dos meus cenários em alguns shows.
 
Na época, você tinha noção que a Jovem Guarda seria tão importante para a cultura musical do país?

Wanderléa -
A gente não tem noção. Só a vitalidade, a energia e a criação da gente de buscar a liberdade, querer ser feliz e querer fazer diferente. Eu nunca pensei que depois de tantos anos, com 50 anos de carreira e 70 anos de idade, eu pudesse ainda fazer um musical. Esse musical é completamente nacional e maravilhoso, trazendo o histórico da música do Brasil e do exterior também, com acontecimentos básico dos anos 60. Eu estou feliz de participar deste musical e dar conta. São oito entradas, trocas de roupas e uma atuação junto com elenco. Isto está me trazendo vitalidade e estou me lembrando da minha época de Jovem Guarda que vivia assim, nessa loucura (risos).
 
Psicologicamente, como foi fazer sucesso tão cedo?

Wanderléa -
Eu comecei a trabalhar desde muito menina e isso pra mim foi uma continuação, não teve aquela euforia de quem está começando uma carreira. Meu marido acabou de produzir um disco junto com o Thiago Marques, que vai sair agora no fim do ano, pela gravadora Eudorado, chamado "Vida de Artista", onde eu estou menina com uma faixa "rainha da voz", cantando quando criança. Então minha vida de artista foi desde pequena.

Wanderléa, Erasmo e Roberto Carlos são sempre citados como exemplo de amizade iniciadas na Jovem Guarda...

Wanderléa -
Não é sou eu, mas também a Martinha e alguns outros colegas que participaram e que a gente tem contato. Mas eu, Roberto e Erasmo acho que foi uma coisa que o universo conspirou. Eu conheci o Erasmo , ele me conheceu, eu conheci Roberto, ele me conheceu, ninguém nos apresentou. Foi o universo que disse: "Vamos fazer uma brincadeira maravilhosa? Vamos trazer uma cultura jovem para este país".
 
Deu medo de participar pela primeira vez de um musical?

Wanderléa -
Deu medo de segurar uma onda quinta, sexta, sábado e domingo e oito mudanças de roupas. É uma coisa que não é pra qualquer um, filha de seu Salim tem que aguentar até o final (risos). Graça a Deus isso é vitalidade, mas acho que trabalhar nunca faz mal, é bom, revitaliza.
 
Serviço:

"60! DÉCADA DE ARROMBA – DOC. MUSICAL"
Theatro Net Rio – Sala Tereza Rachel. Rua Siqueira Campos, 143 – Sobreloja – Copacabana. (Shopping Cidade Copacabana).
Temporada: 1 a 18 de dezembro de 2016.
Horário: Quinta e Sexta às 21h / Sábado ás 18h30 e 21h30 / Domingo ás 20h
Ingressos: Quinta e Sexta:  R$ 160,00 (plateia e Frisas) R$ 120.00 (Balcão I) R$ 50,00 (Balcão II)
Sábado e Domingo: R$ 180,00 (Plateia e Frisas) R$ 140,00 (Balcão I) R$ 50,00 (Balcão II)

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