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Entre mais acertos que erros, Globosat completa 25 anos no auge

Eu Paguei pra Ver analisa a TV por assinatura


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Fotos: Divulgação

Há 25 anos, neste exato dia 19 de outubro, as Organizações Globo - hoje chamada apenas de Grupo Globo - lançava o primeiro investimento nacional massivo em televisão por assinatura. Algo que em 1991 estava longe de ter a estrutura e assinantes de hoje.

Nesta mesma coluna, em época editorial diferente de agora, contamos a história de como a Globosat nasceu. E 25 anos depois, é inegável sua força perante os assinantes, crítica e principalmente mercado publicitário.

Hoje, é tranquilamente, a segunda empresa que mais fatura no mundo das comunicações do Brasil. Em 2015 faturou R$ 5,5 bilhões, perdeu apenas para a Globo aberta, ganhando mais que Record, SBT, Band e RedeTV! juntas.

Com todos os méritos, ela consegue este feito. Visitei sua estrutura no ano passado, e confesso que fiquei extremamente impressionado. Tem mais porte que emissoras de rede nacional e local que havia visto. Tecnologia de ponta à serviço nacional.

Atualmente, dos dez canais mais vistos da TV por assinatura brasileira, cinco são da Globosat - Viva, Megapix, SporTV, Globo News e Gloob -. É um feito e tanto, e cada um é de um gênero diferente - entretenimento, filmes, esportes, notícia e infantil. Inegavelmente, a programadora está no auge.  

A trajetória recente não é perfeita, diga-se. A grande maioria dos canais tem uma bela atuação. Semana passada, neste mesmo espaço, elogiei o Viva e o trabalho fantástico que ele faz. Globo News e SporTV não precisam de maiores comentários, tem qualidade sobrando e profissionais excelentes.


O Gloob é um caso impressionante. Começou naufragando no Ibope, mas foi crescendo e hoje está na frente de canais tradicionalíssimos no mercado infantil, como Disney Channel e Nickelodeon. Trabalho forte de divulgação e de aquisições de desenhos.

Mas claro que há o calcanhar de aquiles. O primeiro ainda são os bastidores, onde a Globosat demostra ter um poder além da conta em relação às outras programadoras - Fox Sports e Esporte Interativo nesta década podem falar bem.

Na questão de conteúdo, no meu ver, é o Multishow. Apesar de ter bons programas como "Anota Aí", de Titi Müller - já elogiado merecidamente pelo colega Diogo Cavalcante -, o "Lugar Incomum", de Didi Wagner e o "Música Boa Ao Vivo", de Anitta, a sua vertente humorística beira de péssima para horrenda.

Neste mês, o canal estreia mais uma temporada do assustador "Vai Que Cola", que pode dar a audiência que for, mas representa um humor velho, sem graça, cheio de estereótipos e com um dos roteiros mais fracos que já vi em produções nacionais.

Nem sempre todo mundo acerta. Mas a taxa da Globosat é enorme, não é líder à toa. O Top 10 da TV paga pode mostrar bem. Chega aos seus 25 anos no auge de sua forma, podendo crescer muito mais.


Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. No NaTelinha, é responsável por reportagens variadas e especiais. Ainda assina as colunas "Antenado", sobre TV aberta, e "Eu Paguei pra Ver", sobre TV por assinatura. Converse com ele. E-mail: gabriel@natelinha.com.br / Twitter: @bielvaquer

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