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Roberto Cabrini sobre audiência no jornalismo: "Não há circo sem bilheteria"

E mais: spoiler de "X Factor Brasil"; Mara Maravilha escolhida por Silvio Santos; Beyoncé no Carnaval?


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Fotos: Divulgação

Roberto Cabrini é hoje o principal nome do jornalismo investigativo na televisão. "Difícil me imaginar fazendo outra coisa", conta em entrevista exclusiva para este colunista do NaTelinha.

No comando do "Conexão Repórter", no SBT, desde 2009, o jornalista revela que o segredo do sucesso do programa é o equilíbrio entre temas populares com matérias de maior relevância. "Faz parte de nossas obrigações brigar pela audiência. Não há circo sem bilheteria. Não se pode, entretanto, renunciar às grandes investigações, aquelas que às vezes levam anos para se completar", explica.

Segundo Roberto Cabrini, o jornalismo investigativo demanda qualidades no repórter e uma parceria irrestrita entre jornalistas e os veículos de comunicação. "Nem sempre todos os elementos estão disponíveis", diz, sobre poucos profissionais no segmento investigativos na TV. "Mas vejo talento e crescimento significativo em várias emissoras", completa.

Com contrato vencendo no primeiro semestre de 2017, Roberto Cabrini não dá muitos detalhes sobre as negociações do seu novo compromisso com o SBT: "Na hora certa tratarei disso".

Confira a entrevista completa:

Você já está negociando a renovação do seu contrato com o SBT. Gostaria de fazer algo diferente na TV além do jornalismo investigativo?

Roberto Cabrini -
O jornalismo investigativo me instiga a cada programa e constantemente renova minha motivação profissional pela diversidade dos desafios que se apresentam. Difícil me imaginar fazendo outra coisa. Quanto a renovação, na hora certa tratarei disso.


Cabrini entrevista Fernandinho Beira-Mar

Até que ponto a audiência influencia nas pautas do "Conexão Repórter"?

Roberto Cabrini
- Faz parte de nossas obrigações brigar pela audiência. Não há circo sem bilheteria. Não se pode, entretanto, renunciar às grandes investigações, aquelas que às vezes levam anos para se completar. O segredo é equilibrar a equação: Intercalar temas de alcance social e relevância com outros mais populares e competitivos, ou seja, assuntos mais densos numa edição e mais leves em outras de forma a ampliar nosso alcance.   

Na sua opinião, por que existem poucos programas investigativos na televisão?

Roberto Cabrini -
O jornalismo investigativo demanda dedicação, ousadia, amadurecimento e parceria irrestrita entre jornalistas e veículos de comunicação. Nem sempre todos os elementos estão disponíveis. Mas vejo talento e crescimento significativo em várias emissoras.

Você está satisfeito com a repercussão do "Conexão Repórter"?

Roberto Cabrini -
Extremamente. A repercussão pode ser sentida em todo país tanto nos formadores de opinião como no público em geral. Em sete anos conquistamos os principais prêmios do telejornalismo brasileiro e estabelecemos marcas de audiência muito expressivas: Mais de mil minutos na liderança e anos seguidos na vice-liderança na média geral.


Cabrini entrevistou recentemente Eduardo Cunha e sua esposa, numa reportagem de grande repercussão

Em suas entrevistas no "Conexão Repórter", aconteceu algum pedido de um entrevistado para que trechos gravados não fossem levados ao ar? Qual foi sua reação?

Roberto Cabrini -
Raramente isso ocorre. Dentro de uma relação de respeito procuro sempre demonstrar a importância de não haver qualquer forma de restrição no conteúdo. Já cheguei a atender pedido de não veicular respostas que pudessem representar risco para a segurança das pessoas. Nossa relação com entrevistados e fontes se baseia em princípios que sempre repito para toda nossa equipe: Jamais prometa o que não se pode cumprir e sempre cumpra o que se promete.

Você é contra ou a favor dos âncoras do telejornalismo se posicionarem no ar sobre determinadas notícias?

Roberto Cabrini -
Sou favorável ao posicionamento desde que atenda aos interesses da sociedade como um todo, mas sou radicalmente contra a partidarização editorial. A luta pela isenção é nosso patrimônio mais nobre e honestidade não é monopólio de qualquer ideologia específica.

*

Spoiler - "X Factor Brasil"

Nesta segunda-feira (26), começa a segunda etapa do "X Factor Brasil", na Band. Gravado num resort do interior de São Paulo, os cem candidatos que passaram da primeira fase, serão acompanhados pelos jurados e convidados num local batizado como "Centro de Treinamento".

Os participantes foram divididos em categorias: adultos, grupos, meninos (16 a 24 anos) e meninas (16 a 24 anos). Cada jurado ficou responsável por uma categoria e a divisão se deu da seguinte forma: Paulo Miklos ficou com a categoria "grupos", Rick Bonadio com "adultos", Alinne Rosa com "meninas" e Di Ferrero com "meninos".

Aconteceu durante o "Centro de Treinamento" uma formação surpresa de uma girlband composta por quatro candidatas, três da categoria "meninas" e uma da categoria "adulto". As meninas agradaram tanto aos jurados que chagaram à fase do ao vivo, ou seja, estão entre os finalistas do programa.

Todos que chegaram nesta última etapa estão em casa, esperando os programas gravados irem ao ar para poderem retornar a São Paulo e seguir com o reality.

Mara Maravilha foi escolhida por Silvio Santos

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Conforme esta coluna antecipou no mês passado sobre o interesse do SBT, Mara Maravilha é a nova apresentadora do "Fofocando".

A morena foi avisada sobre sua escolha na última segunda-feira (19) e comemorou bastante. Foi o próprio Silvio Santos quem bateu o martelo, após tentar colocá-la de volta na programação do SBT há um bom tempo.

Na sexta-feira (23), quando foi oficializada e anunciada na edição ao vivo, Mara entrou em sua primeira reunião com a equipe do "Fofocando" até o início da noite. Boa sorte.

Beyoncé negocia presença em desfile de Carnaval no Rio

A escola de samba Unidos da Tijuca, do Rio, está negociando a presença da cantora Beyoncé em seu desfile do ano quem vem.

Com o enredo "Música na alma, inspiração de uma nação”, a agremiação vai contar a importância do negro na música americana. Além dela, Jenniffer Lopez, Rihanna e Mariah Carey estão na mira dos diretores da Unidos da Tijuca e já receberam convites através de uma parceira da escola com o consulado americano.

Pra terminar

- A Record anda encontrando dificuldades de convencer alguns atores contratados a participarem de programas da casa.

- Ainda sobre a mesma emissora, foi marcado para dezembro a mudança da sede do seu jornalismo carioca para o antigo estúdio do Recnov. Muitos jornalistas estão na bronca com a transferência. Mas em tempos de crise...

- Ter o crachá da Globo, transformar e muda personalidades. Viviane Araújo é a mais nova que entra nesta lista. Tem gente percebendo na própria emissora.

Eu fico por aqui ou toda hora no Twitter @Sanduba

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