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Má administração do "MasterChef" leva programa ao caminho do desgaste

Temporada do reality tem tamanho desnecessariamente anormal


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Divulgação/Band

A terceira edição do “MasterChef” mostra indícios de que está no caminho do esgotamento da fórmula, por conta da má administração do sucesso por parte da Band. Apesar de ainda figurar sempre entre os assuntos mais comentados das redes sociais, gerar memes e obter ótimos índices para o canal.

A temporada veio no momento errado, quando não fazia nem mesmo três meses da final do “MasterChef Júnior”, em dezembro de 2015. Este, por sinal, já estava colado na segunda edição da versão comum, considerando que no hiato entre as duas, a emissora mantivera no ar a “Prévia”, reprisando os melhores momentos.

O esticamento anormal do programa - esta temporada fechará com 25 episódios, contra 17 em 2014 e 18 em 2015 -, junto ao horário tardio de encerramento (beirando a 1h da manhã) são outros pontos que endossam essa trilha pra saturação. Vale mencionar ainda a ideia de exibi-lo duas vezes por semana, que felizmente foi cancelada pelo canal após ter sido posta em prática na última quarta-feira (6).

Se comparado com a edição 2015 (que apesar de ter sido o grande fenômeno, contava com a concorrência forte de “Verdades Secretas”), a temporada 2016 nem de longe está rendendo tanto quanto. De acordo com os índices do Ibope, até o 17º episódio, acumula 5,6 pontos na Grande São Paulo - A edição anterior, no mesmo período, teve 7,0.

Na seara das redes sociais, só em duas ocasiões conseguiu ultrapassar a marca de 40 mil autores únicos de tweets - a anterior conseguia mais do que isso durante quase todos os seus episódios. Além de ter sido ofuscado pelo “Power Couple”, da Record, em alguns momentos.

Ainda que continue sendo boa companhia, o "MasterChef" precisa de um descanso. Um longo descanso até a próxima temporada. Caso continue assim, acabará desgastado como tantos outros realities. Quem se apresenta demais, uma hora deixa de fazer falta.


Diogo Cavalcante é formando em jornalismo. Amante de televisão e apaixonado por novelas, fala sobre o assunto na internet desde 2013. É um dos maiores especialistas sobre Classificação Indicativa na internet.

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