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Debutando, décima quinta edição do "Big Brother Brasil" salva a lavoura

Analisando


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Reprodução

Era desesperador o futuro traçado para as edições do “Big Brother Brasil” em março do ano passado. O “BBB14” rendeu a pior audiência da história de todo o programa que vinha sofrendo constante queda desde a oitava edição. Claro que não serei hipócrita nesta coluna em acreditar e exigir que um programa com quinze edições mantenha-se na casa dos 30-40 pontos para todo sempre.

Mas não só a audiência passou a incomodar desde então. Depois do “BBB10” perdeu-se muito em repercussão também, principalmente pela falta de simpatia dos participantes envolvidos. As histórias escolhidas já não despertavam mais o interesse do público. E essa era a grande preocupação, sem Ibope e sem repercussão, o que fazer com o principal reality da Globo?

Para termos uma ideia, na edição anterior (2014), fãs se unindo em redes sociais conseguiram derrubar diversas pesquisas de opinião e deram o prêmio a alguém que, até o final do jogo, nem se quer foi à favorita. Salvo os méritos dessa galera que realmente se esforçaram, esse tipo de atitude deixa nítido o fiasco que o programa chegou a atravessar até nas votações.

Mas a salvação da lavoura “BBB” apareceu e deixa aquele gostinho de quero mais. Aquele gostinho que o público depois de um dia de trabalho chega em casa e busca se entreter não sentia desde a décima edição.

O “Big Brother Brasil 15” mostrou que houve uma grande preocupação com os pontos aqui listados e escolheram pessoas caricatas. Não se preocuparam com corpo bonito (claro que teve, mas não em maioria) e sim com histórias e possíveis confrontos de convivência. Imagine só uma conciliadora criminal, uma professora de artes, uma enfermeira, um poeta, um jogador de pôquer, uma dona de loja de produtos baratos e mais um bocado de gente sem ligação alguma vivendo junto. No que deu? No melhor “BBB” de todos os tempos.

Não, senhores. Não fomos enganados desta vez. As chamadas veiculadas no início do reality não estavam mentindo, esse foi sim o melhor de todos os “BBBs”. E olha que há grandes disputas nesse páreo como o cinco, sete, nove e dez.

Mesmo com a casa pouco movimentada desde a nona eliminação, da Mariza, favorita ao prêmio, não podemos jogar fora toda história construída até então. As brigas, as perseguições, as amizades, a desistência... Tudo foi como tinha que ser e tornou a edição perfeita. Até mesmo eliminações precoces de Franciele e Júlia. Afinal, o que seria desta edição sem o grupo criado por Marco (culpado pela eliminação da Fran) e do casal formado por Aline (culpada pela eliminação da Julia)?

E diante de tantos motivos aponto um como o grande responsável pelo sucesso – sucesso esse comprovado tanto em repercussão como nos números, uma vez que é a maior audiência desde a décima segunda edição – deste ano: a falta de um favorito até a metade do jogo. Em todas as pesquisas e comentários víamos um público dividido entre Amanda, Fernando, Mariza, Cézar e até mesmo Tamires, que desistiu do reality pouco depois. Somente após essa desistência que vimos Fernando e Amanda se embananando por inteiro e Mariza e Cézar disparando na preferência popular.

Acredito que na final de logo mais não devemos ter surpresas, a vitória do questionável Cézar que pouco apareceu na casa, aquilo que chamamos de “planta”, é algo quase consumado. Mas nem mesmo isso tira o brilho do debutante “Big Brother Brasil”. E que venha o dezesseis!


Luiz Sales é formado em Comunicação Social - Rádio e TV. Aqui no NaTelinha, faz reportagens especiais e análises sobre essa fantástica fábrica de sonhos chamada televisão.

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